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| - Na página oficial no Facebook do PSD, lê-se numa publicação desta terça-feira, 24 de maio: “Assim continua Portugal, no topo da tabela dos últimos. De acordo com a OCDE, a carga fiscal sobre o conjunto dos custos do trabalho subiu 0,3 pontos percentuais situando-se agora em 41,8%. Isto significa que Portugal é o 10º país da OCDE com maior carga fiscal sobre o trabalho, e também o 6º país com o menor salário médio, de acordo com os dados para 2020 também para a OCDE. Apesar de os portugueses serem dos que menos ganham, continuam a ser dos que mais contribuem para os cofres do Estado.”
As palavras são do PSD, os dados são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e o objetivo é culpar o Governo de António Costa pelo desequilíbrio entre as duas estatísticas.
O Polígrafo consultou o relatório anual “Taxing Wages”, da OCDE, que informa que ao passo que “na Áustria, Bélgica, França, Alemanha e Itália, a carga fiscal sobre o trabalho foi superior a 45%, esta foi inferior a 20% no Chile, Colômbia, México e Nova Zelândia”. A maior carga tributária foi registada na Bélgica (52,6%) e a mais baixa na Colômbia (0,0%).
Significa isto que, na Colômbia, um trabalhador solteiro com salário médio não pagou impostos em 2021. Já a carga tributária média nos países da OCDE foi de 34,6% em 2021. Esta média diminuiu 0,06 pontos percentuais em 2021 face ao ano anterior, 0,17 pontos percentuais menos do que a queda observada em 2020 (0,23 ponto percentual), no auge da pandemia de Covid-19.
Em Portugal, a carga fiscal sobre o trabalho voltou a subir em 2021. Este foi o terceiro ano consecutivo de crescimento e colocou Portugal, com uma taxa de 41,8%, na 10ª posição do ranking de países onde uma maior percentagem dos custos do trabalho segue para o Estado através de impostos e contribuições sociais.
No que respeita ao salário médio nos países, mais uma vez de acordo com dados da OCDE, é também verdade que Portugal ocupa a 6ª pior posição nos dados de 2020. Os portugueses auferiram assim 28.410 dólares anuais, longe dos 49.165 dólares relativos à média da OCDE. No fim da tabela estão países como o México, Eslováquia, Hungria, Chile e Grécia. No topo, por seu turno, estão os Estados Unidos, a Islândia, o Luxemburgo e a Suíça.
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Avaliação do Polígrafo:
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