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| - “Desde março, a GNR tem ao seu dispor este veículo de alta cilindrada, apreendido pelo Estado português, para transporte de órgãos para transplante. Porém, o carro está parado há cinco meses numa oficina em Lisboa para proceder a uma reparação”, denuncia o Partido Social Democrata (PSD) numa publicação no Facebook.
De acordo com o partido liderado por Rui Rio, “o transporte de órgãos está a ser feito por carros normais de patrulha, mais lentos e menos seguros. O transporte de órgãos que irá salvar vidas e a segurança dos agentes da GNR não podem esbarrar na burocracia do Estado. O que espera o Governo para fazer o que lhe compete?”, questiona o PSD.
Em março, o Polígrafo já tinha dado conta de que a Guarda Nacional Republicana tinha ao dispor dois novos veículos de alta cilindrada, apreendidos em casos de crimes fiscais, para realizar o transporte de órgãos.
Fonte oficial da GNR confirma ao Polígrafo que “a viatura em apreço, Nissan GTR, encontra-se em reparação na medida em que aquando da sua utilização operacional foram verificados alguns danos na sua parte inferior do chassis“.
Os estragos “motivaram a sua paragem e consequente reparação, por forma a garantir cabalmente a segurança dos militares da Guarda que a utilizam bem como os restantes utilizadores das vias, dada a especificidade da missão alocada a este veículo”, reforça a mesma fonte.
Em março, a GNR tinha informado que passava a contar “com mais duas viaturas de alta cilindrada, apreendidas em processos-crime e que reverteram a favor do Estado, e que irão estar alocadas exclusivamente ao transporte de órgãos, ficando localizadas em Lisboa e no Porto”. Esse segundo automóvel de alta cilindrada, um Mercedes CLS, está na posse do Comando Territorial do Porto e “encontra-se operacional desde o início do mês de julho“, garante a mesma fonte.
“De sublinhar que esta situação de forma alguma coloca em causa a missão de transporte de órgãos, a qual já vem a ser desenvolvida pela Guarda com reconhecido sucesso desde 1994, sendo que, só este ano de 2021, a GNR já efetuou 156 transportes de órgãos, empenhando 313 militares, tendo percorrido cerca de 43.579 quilómetros a salvar vidas, utilizando para o efeito viaturas que garantem o adequado cumprimento da missão”, assegura a GNR.
O Polígrafo questionou a Guarda Nacional Republicana sobre durante quanto tempo circulou o veículo ao serviço da autoridade e qual a justificação para a demora, mas estas perguntas não tiveram resposta. O Ministério da Administração Interna também foi contactado, mas remeteu o esclarecimento para a comunicação da GNR.
Em suma, a informação apresentada pelo PSD nas redes sociais é verdadeira. Contudo, não é possível verificar a duração da paragem, já que a autoridade não esclareceu essa situação.
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Avaliação do Polígrafo:
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