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| - Desde 2002 que o FC Porto transferiu toda a atividade respeitante à preparação da equipa principal de futebol e, mais tarde, também os jogos da equipa B e dos escalões de formação (a partir dos sub-15 anos) para o município de Gaia.
Para que tal seja possível, tem usufruído de dois espaços que, que apesar de próximos, não fazem parte da mesma unidade e têm um enquadramento contratual diferente: Centro de Treino e Formação Desportiva Olival/Crestuma (conhecido como Centro de Estágio do Olival) e o Estádio Municipal Jorge Sampaio (na antiga freguesia de Pedroso).
É o custo da utilização do Centro de Estágio do Olival que é o centro das críticas nas redes sociais.
Para que este centro fosse construído e ficasse à disposição do FC Porto, o clube e a autarquia (então presidida por Luís Filipe Menezes) começaram por associar-se na criação, em 1999, de uma fundação –Fundação PortoGaia para o Desenvolvimento Desportivo -, na qual o FC Porto detinha 51 por cento do capital e a Câmara de Gaia 49 por cento.
Cabia, no entanto, à autarquia custear todas as despesas dessa operação (inicialmente com custo estimado em 16 milhões, depois acrescido de 4 milhões por causa do pagamento das expropriações de alguns terrenos).
Dois anos mais tarde, a Câmara de Gaia assinou com a Fundação PortoGaia o contrato-programa para a “Concepção, construção e exploração” do Centro de Treino e Formação Desportiva do FC Porto, SAD, em Vila Nova de Gaia”, no qual ficava estipulado o direito de utilização do espaço (e encargo pelas respetivas despesas de manutenção) ao clube durante 50 anos.
No Verão de 2002, com a inauguração do Centro, clube e autarquia acordaram um pagamento simbólico mensal do FC Porto pela utilização do espaço. Esse valor, conforme referiu ao Polígrafo o atual presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, seria de 500 euros. Como um clube da freguesia –o Futebol Clube de Crestuma – precisava de um campo, foi estabelecido um protocolo (renovado anualmente), segundo o qual esse emblema podia treinar (dois dias por semana) e jogar (uma vez por semana) no Centro do Olival sem nada pagar. Ainda segundo Eduardo Vítor Rodrigues, esta é a compensação que equivaleria aos tais 500 euros – dada em género, na cedência de um equipamento –, que ainda hoje vigora.
No Verão de 2002, com a inauguração do Centro, clube e autarquia acordaram um pagamento simbólico mensal do FC Porto pela utilização do espaço. Esse valor, conforme referiu ao Polígrafo o atual presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, seria de 500 euros. Como um clube da freguesia –o Futebol Clube de Crestuma – precisava de um campo, foi estabelecido um protocolo (renovado anualmente), segundo o qual esse emblema podia treinar (dois dias por semana) e jogar (uma vez por semana) no Centro do Olival sem nada pagar.
O Centro de Treino e Formação Desportiva Olival/Crestuma é composto 6 campos para a prática de futebol (5 com medidas regulamentares) e 3 edifícios de apoio (incluindo balneários, gabinetes, sala de massagens e ginásio).
Quanto ao Estádio Jorge Sampaio, local onde o FC Porto B realiza o seus jogos como equipa visitada, até 2016 o clube não pagava pela sua utilização nem pelas despesas inerentes ao uso (recursos humanos alocados, relva, água, eletricidade). Desde o Verão de 2016, passou a pagar 1200 euros mensais mais todas as despesas relacionadas com a relva do estádio e demais funcionamento.
Em suma, relativamente ao “Centro de Treinos do Olival”, é verdade que o FC Porto pagou “de renda”, ainda que indiretamente, 90 mil euros em 15 anos (resultado da multiplicação de 500 euros por 180 meses). O “gasto” total no centro é que até está subestimado, já que com o custo das expropriações ascende aos 20 milhões de euros.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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