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  • Imagens de tempestades que circulam nas redes sociais como se fossem das chuvas mais fortes registradas em 75 anos em Dubai, fato que ocorreu na última semana, não têm relação relação com o caos e as inundações da cidade dos Emirados Árabes Unidos. Em um vídeo de pouco mais de oito minutos, o UOL Confere localizou pelo menos três registros que ocorreram em Minas Gerais, na Rússia e um caso inconclusivo, onde não é possível determinar o local, mas é certo que trata-se de um resgitro antigo. A postagem contendo a desinformação no Facebook tinha, até esta terça-feira (23), 73 mil curtidas, quase 15 mil comentários e 3,5 milhões de visualizações. Veja o que conseguimos checar: Vento derruba árvore em MG O que diz o post. No vídeo, uma forte chuva derruba uma árvore. O texto sobreposto às imagens diz: "Dubai storm today and rain", que, em tradução livre do inglês, significa "Tempestade hoje em Dubai". Na legenda, o autor culpa a chuva artificial de Dubai. "Inventaram de produzir chuva artificial no deserto, em Dubai e agora vão ter que inventar uma forma de se proteger da chuvarada. A semeadura de nuvens (ou 'cloud seeding', em inglês) é uma técnica que consiste em 'bombardear' nuvens com produtos químicos, como iodeto de prata e gelo seco (dióxido de carbono sólido). A tarefa é feita com auxílio de aeronaves e drones. O objetivo é provocar chuvas e aumentar a oferta de água em áreas secas. O motivo desse temporal nós emirados árabes ainda é desconhecido, pode ser coisa do acaso e pode ser castigo de Deus, depende de como você enxerga". Por que é falso. Caso ocorreu em Bicas, Minas Gerais. A busca reversa do Google (aqui) mostra que o vídeo da árvore sendo arrastada foi em Minas Gerais, em janeiro de 2023 (aqui). Na época, a região ficou em alerta para as fortes chuvas (aqui). Um carro e uma moto estacionados quase foram atingidos pela queda de uma árvore na Praça São José, no centro de Bicas, nesta quarta-feira (4) durante o temporal que atingiu a Zona da mata de Minas Gerais. A região está sob alerta para chuvas intensas. pic.twitter.com/NAsTBl8Cc2-- O Tempo (@otempo) January 5, 2023 Casas submersas na Rússia O que diz o post. Com a mesma legenda e o texto sobreposto ao vídeo da desinformação de Minas Gerais, o vídeo mostra casas submersas. Nas filmagens, nenhuma pessoa aparece, apenas as residências embaixo da água. Por que é falso. Vídeo foi feito na Rússia. A busca reversa do Google (aqui) aponta que as casas foram inundadas em Orenburg, na Rússia (aqui, em inglês, e aqui, em russo), após uma barragem se romper no rio Ural em abril deste ano. O ponto mais alto da enchente chegou a quase 12 metros (aqui). Enchente em Dubai O que diz o post. O vídeo mostra as mesmas legendas um carro submerso em uma forte enchente dizendo que ocorreu em Dubai. Por que é impreciso. Não foi possível identificar o local da gravação, mas ela não foi feita este ano, ou seja, não se trata desta chuva que atingiu Dubai. A busca reversa no Google (aqui) levou até o mesmo vídeo postado no TikTok em novembro de 2023 (aqui). A legenda diz que o caso ocorreu na Arábia Saudita, mas não foi possível confirmar esta informação. Chuvas em Dubai Chuvas "artificiais" do deserto. Países como os Emirados Árabes, Omã e Arábia Saudita utilizam um processo chamado semeadura de nuvens, que usa aviões ou helicópteros para pulverizar agentes químicos nas nuvens, o que resulta na condensação dessas nuvens e eventualmente causa chuvas. Chuvas são raras nos Emirados Árabes e em outros lugares da Península Arábica, que é normalmente conhecida por seu clima desértico e seco. Então, a semeadura de nuvens pode estar por trás das chuvas recentes? Segundo a agência de notícias Associated Press, as chuvas poderiam ter sido acentuadas por esse processo artificial, que teria sido realizado exatamente antes das tempestades. No entanto, de acordo com o The National News, dos Emirados Árabes, a semeadura de nuvens nunca teria resultado nas fortes chuvas que caíram em todo o país. Um porta-voz do Centro Nacional de Meteorologia dos Emirados Árabes reforçou que era impossível vincular as operações de semeadura de nuvens à tempestade. Segundo especialistas ouvidos pelo jornal árabe, está claro que, mesmo que o país não tivesse realizado essas intervenções, as chuvas extremas ainda teriam acontecido. Ação das mudanças climáticas. Ainda que seja difícil atribuir qualquer evento climático extremo específico às alterações climáticas, cientistas ouvidos pela agência de notícias Reuters relataram que o aumento das temperaturas globais está levando a esses fenômenos meteorológicos mais extremos, incluindo a chuva intensa nos Emirados Árabes. Ao The New York Times, especialistas também disseram que o dilúvio foi provavelmente o resultado de um fenômeno climático regular sobrecarregado pelas mudanças climáticas. "É altamente provável que o aquecimento global tenha desempenhado um papel na intensidade do evento", disse Janette Lindesay, cientista da Universidade Nacional Australiana, à publicação norte-americana. A principal razão das fortes chuvas teria sido um sistema de tempestades que passava pela Península Arábica e atravessava o Golfo de Omã. O sistema de baixa pressão interagiu com partes de uma corrente de jato, fortes ventos que se movem de oeste para leste sobre latitudes temperadas no Hemisfério Norte, produzindo chuvas, explicou Lindesay. Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br. Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.
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