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| - Não se percebe se a frase destacada no rodapé da emissão televisiva consiste numa citação direta ou se é uma ideia supostamente defendida por Ana Gomes, candidata à Presidência da República, no debate de 8 de janeiro em que enfrentou André Ventura, deputado e líder do partido Chega.
A partir dessa ambiguidade, precisamente, alega-se que Ana Gomes terá acusado a “população cigana de viver de subsídio-dependência”.
Verdade ou mentira?
O Polígrafo reviu o debate em causa e identificou a origem da frase destacada, no momento em que a candidata presidencial defendia uma reapreciação pelo Tribunal Constitucional da legalidade do partido Chega.
“Esta formação [o Chega] que viola a Constituição no seu programa, na sua prática, pela prática reiterada de incitamento ao ódio, racismo, discriminação, ao confinamento de grupos étnicos no nosso país, como este senhor [dirigindo-se a André Ventura] quer em relação à população cigana, que acusa de viver de subsídio-dependência“, afirmou Ana Gomes, de facto, em transcrição a partir da gravação audiovisual do debate.
“A população cigana, os que recebem RSI [Rendimento Social de Inserção], já sabemos, são 3,8% do RSI, é uma fracção”, acrescentou.
Ou seja, o sentido do que Ana Gomes realmente disse é o inverso do que se alega na publicação sob análise.
A candidata não acusou a “população cigana de viver de subsídio-dependência”, mas acusou André Ventura de defender essa ideia, precisamente, contrapondo com o facto de apenas cerca de 3,8% dos beneficiários de RSI em Portugal serem pessoas de etnia cigana.
Trata-se assim de mais uma fake news relacionada com as eleições presidenciais.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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