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  • No dia 13 de março, em Lisboa, a artista plástica portuguesa Leonor Antunes afirmou que nunca aceitaria representar Portugal na Bienal de Arte de Veneza deste ano se estivesse neste momento um Governo de direita a dirigir o país. Leonor Antunes, que foi escolhida pelo curador João Ribas para criar um projeto de representação oficial portuguesa oficial na 58.ª Bienal de Arte de Veneza, falava durante uma conferência de imprensa que decorreu no Teatro Nacional de São Carlos, com a presença da atual ministra da Cultura, Graça Fonseca. “É triste ver como alguns países estão a tornar-se regimes fascistas. Portugal vive uma situação fora do normal e temos um Governo fantástico“, comentou Leonor Antunes, logo no início da sua intervenção para apresentar o projeto. Intitulado como “a seam, a surface, a hinge or a knot” (“uma costura, uma superfície, uma dobradiça ou um nó”, em tradução livre), o projeto ficará exposto no Palazzo Giustinian Lolin, onde estará instalado o Pavilhão de Portugal, com pré-abertura marcada para o dia 8 de maio No final da conferência de imprensa, Leonor Antunes reiterou as suas convicções políticas: “Tem a ver com a situação muito grave que estamos a viver hoje em dia. Se estivesse o PSD ou o CDS no Governo, eu não aceitaria porque não são valores em que eu acredito. Eu defendo os valores da democracia, embora sejam regimes também democráticos, eu defendo os valores de esquerda”, afirmou. Na perspetiva de Leonor Antunes, que reside desde 2004 em Berlim, Alemanha, “um artista também representa um país. Eu estou a representar o meu trabalho, a mim própria, mas também represento Portugal e defendo o Governo que existe no país”, sustentou. A artista referiu a situação vivida na Alemanha, recordando que “o Governo não é assim tão desinteressante, mas, neste momento, a extrema direita também está no parlamento, com uma presença bastante forte, que até há pouco tempo era proibida”. “Sou uma estrangeira que vive em Berlim e não são esses os valores que quero dar à minha filha”, sublinhou a artista de 46 anos de idade, que diz estar “num momento bom” do seu percurso artístico. Ressalvou, no entanto, que o alvo do projeto não é nacionalista, mas internacional: “Não me vejo como uma artista portuguesa. Sou uma artista que, por acaso, nasceu aqui [em Portugal], mas o nosso público é internacional”. As declarações de Leonor Antunes suscitaram várias críticas, nomeadamente do antigo ministro da Cultura, Jorge Barreto Xavier (exerceu o cargo no anterior Governo de coligação PSD/CDS-PP), e também do atual eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, que chegou ao ponto de “exigir e já” que “esta senhora não possa representar 10 milhões de portugueses com diferentes opções políticas, raças e credos, na bienal de Veneza, patrocinada para além do mais com o dinheiro de muitos contribuintes que também votam CDS e PSD”. A controvérsia pública deu também origem a várias publicações e comentários nas redes sociais, com destaque para um meme que atribui a Leonor Antunes a seguinte citação: “Vou à Bienal representar a ‘geringonça’ e a mim própria, disse a artista”. Mais, “as pessoas irão a Veneza ver a exposição de Leonor Antunes e não o Pavilhão de Portugal“, terá dito Leonor Antunes na mesma conferência de imprensa. Quanto à primeira citação, é falsa, ou apócrifa. Não encontrámos nenhum registo de tal frase proferida por Leonor Antunes. Relativamente à segunda citação, é verdadeira, mas descontextualizada. Está plasmada num artigo do jornal “Diário de Notícias” (link indisponível), na seguinte passagem: “Leonor Antunes ressalvou, no entanto, que não vê a sua participação na Bienal de Veneza como representante portuguesa como um momento de consagração nem antevê que lhe traga mudanças no seu percurso como artista, uma vez que vive “um bom momento” na sua carreira: “As pessoas irão a Veneza ver a exposição da Leonor Antunes e não o Pavilhão de Portugal, as pessoas vão ver os artistas que estão lá“. Além disso, sublinhou que o projeto não é nacionalista, mas internacional: “Não me vejo como uma artista portuguesa. Sou uma artista que, por acaso, nasceu aqui [em Portugal], mas o nosso público é internacional”. Ou seja, o sentido dessa frase não é o mesmo que transparece a partir da sua inserção descontextualizada no meme em análise. Por outro lado, na mesma conferência, Leonor Antunes disse que “um artista também representa um país. Eu estou a representar o meu trabalho, a mim própria, mas também represento Portugal e defendo o Governo que existe no país”. O meme procura simplificar artificialmente uma ideia mais complexa. Em conclusão, mesmo partindo de uma base factual – a controvérsia em torno das declarações de Leonor Antunes -, o meme apresenta citações falsas e descontextualizadas, gerando desinformação, com o aparente objetivo de extrapolar o sucedido e instigar reações (ainda mais) indignadas contra a visada. Avaliação do Polígrafo:
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