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| - “Morreu Araceli, primeira vacinada em Espanha, 24 horas depois de lhe ter sido administrada a vacina”. Este é o título da suposta notícia do jornal espanhol “El Mundo” que se espalhou pelas redes sociais.
Logo a seguir ao título ressalva-se que “ainda não é conhecida a causa da morte, mas os especialistas pedem prudência na hora de a relacionar com um efeito adverso da vacina”.
Na realidade, porém, a nonagenária não faleceu. É apenas mais uma mentira ou fake news em torno das vacinas.
O próprio jornal “El Mundo” já desmentiu ter noticiado a morte de Araceli Hidalgo, uma mulher com 96 anos de idade que se distinguiu como a primeira pessoa em Espanha a ser vacinada contra o novo coronavírus. O processo de vacinação realizou-se num lar de idosos em Guadalajara, com destaque em vários órgãos de comunicação social.
Tal como se lê no verdadeiro artigo do jornal “El Mundo”, o facto é que “não, Araceli não morreu. Se recebeu por Whatsapp uma captura de ecrã de uma suposta notícia do ‘El Mundo’ na qual se anuncia a morte de Araceli, a mulher de 96 anos que surgiu em todas as capas este domingo ao tornar-se a primeira pessoa a receber a vacina contra a Covid-19 em Espanha, quebre a corrente e não a partilhe: é uma farsa“.
Segundo a mesma fonte, a fake news consiste numa montagem criada a partir de uma outra notícia (verdadeira) que reportou a primeira vacinação contra a Covid-19 em Espanha. O tipo de letra utilizado para adulterar o conteúdo é diferente do original, como se atesta na comparação entre as imagens das duas publicações.
Além disso também foi modificado o título do vídeo que acompanha o artigo falso. No original lê-se o seguinte: “Araceli, de 96 anos, primeira pessoa vacinada em Espanha“.
A alegada morte de Araceli Hidalgo foi igualmente desmentida pela autoridade regional da Segurança Social de Castilla-La Mancha, onde se situa o lar de idosos. A referida entidade garantiu à plataforma de verificação de factos Newtral.es que a idosa em causa está viva e em boa condição de saúde.
O processo de vacinação contra a Covid-19 tem originado múltiplas notícias falsas por todo o mundo. Numa das publicações enganadoras, por exemplo, já desmentida pelo Polígrafo, garantia-se que teria morrido uma enfermeira norte-americana também horas depois de ter sido vacinada. O Departamento de Saúde Pública de Alabama (ADPH) emitiu mesmo um comunicado para explicar que contactara “todos os hospitais no Estado que administraram a vacina Covid-19 e confirmou que não houve mortes de pessoas que tomaram a vacina”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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