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| - “Uma em cada três crianças nascidas na Maternidade Alfredo da Costa tem mãe estrangeira. A maior parte nepalesa ou brasileira. Parabéns [António] Costa, conseguiste”, destaca-se num post de 18 de dezembro no Facebook.
Esta alegação tem fundamento?
O Polígrafo contactou a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), integrada no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), que confirma a veracidade da principal alegação: a percentagem de crianças nascidas com mãe estrangeira e as respetivas nacionalidades mais comuns.
“A percentagem de bebés nascidos de mãe estrangeira na Maternidade Dr. Alfredo da Costa tem vindo a aumentar nos últimos anos, situando-se, no final de novembro deste ano, nos 32%“, informa.
Ou seja, pouco menos de um em cada três bebés nascidos na MAC tem mãe estrangeira.
Em 2017, a título de comparação, os partos de mulheres estrangeiras representavam 20% do total de nascimentos registados na MAC. Ora, essa percentagem aumentou em 12 pontos percentuais nos últimos cinco anos.
Quanto às nacionalidades das mães, de acordo com os dados divulgados pela MAC, a mais frequente ou expressiva é a brasileira (21,9%), seguindo-se a nepalesa (15,2%), a bengali (11,6%) e a angolana (7,1%).
Também foram registados partos de mães oriundas da Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Índia e Paquistão.
“Enquanto instituição aberta a todas as mulheres e a todas as famílias, a MAC tem vindo a adaptar-se à diversidade cultural respeitando a multiculturalidade, sendo a barreira da comunicação ultrapassada através dos acompanhantes – que, na maior parte das vezes, conseguem comunicar em português ou inglês -, das novas tecnologias de informação, e do serviço de tradução telefónica, que está disponível em 60 línguas. Existem, também, pessoas de referência destas comunidades às quais se pode pedir ajuda. No Serviço de Urgência da MAC existe igualmente um manual de acolhimento com tradução em nove línguas, que facilita a intervenção da equipa de saúde junto da população imigrante”, salienta a MAC.
“A adaptação ao número crescente de mães oriundas de outros países implica, igualmente, conhecer e respeitar as diferentes dinâmicas familiares, como ritos ligados à feminilidade e à maternidade, desde que garantida a segurança da mãe e do recém-renascido”, acrescenta.
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Avaliação do Polígrafo:
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