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| - É falso que manifestantes saquearam supermercado em São Paulo
É falso que manifestantes de movimentos sociais saquearam um supermercado Extra na avenida Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, como dizem posts compartilhados no Twitter, Facebook e Instagram desde domingo (3).
As publicações checadas mostram um vídeo do protesto filmado pela janela de um prédio. A gravação mostra manifestantes majoritariamente vestidos de vermelho entrando no estacionamento do supermercado. Pouco depois, são vistos carros da polícia. Ao fundo, uma mulher cujo rosto não aparece diz que os militantes estavam "invadindo" o comércio e que eles iriam saquear tudo, o que não aconteceu.
Segundo nota enviada ao UOL Confere pela assessoria de imprensa do Grupo Pão de Açúcar, dono do Extra, não houve furtos. "As unidades permaneceram fechadas durante as manifestações, que em sua maioria ocorreram de forma pacífica, para garantir a segurança de todos", diz o comunicado.
A Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo também informou que não houve nenhuma forma de violência durante o protesto.
"Os policiais acompanharam o grupo no estacionamento do estabelecimento para garantir o direito de manifestação, a integridade física de todos envolvidos e evitar danos ao patrimônio. O policiamento se manteve no local. Não houve registros de ocorrências", afirmou o órgão em nota.
Além de São Paulo, a manifestação ocupou supermercados em diversas cidades do país e foi organizada por movimentos como o MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), UJR (União da Juventude Rebelião) e o Movimento de Mulheres Olga Benário Brasil, além do partido UP (Unidade Popular). O protesto tinha como mote a denúncia do "alto preço dos alimentos e do custo de vida", segundo texto publicado no site da UP. Apesar de participantes usarem vermelho, o ato não foi organizado pelo PT, como alegaram algumas publicações nas redes.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou o mesmo vídeo em suas redes sociais no domingo (3). O conteúdo também foi checado pela Agência Lupa e Estadão Verifica.
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