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  • As imagens parecem ter sido gravadas com uma câmara de videovigilância instalada num automóvel, e mostram um avião a subir a pique, provavelmente nos minutos seguintes à descolagem. Alguns segundos depois, o aparelho vira ligeiramente à esquerda, numa manobra aparentemente normal. Sem que nada o faça prever, vira à direita, começa a aproximar-se do chão e embate no solo com uma violência extrema, mesmo em frente ao automóvel que capta o vídeo. O avião é imediatamente engolido por um mar de chamas, que se prolonga, no segmento gravado, ao longo de praticamente três minutos. Ora, de acordo com o site de verificação de factos “Snopes”, o vídeo (que pode ver aqui) tem sido partilhado por milhares de utilizadores nas redes sociais como sendo o momento da queda do avião da Ethiopian Airlines, que este domingo se despenhou perto da cidade de Bishoftu, a 62 km de Adis Abeba, capital da Etiópia e cidade de onde tinha descolado seis minutos antes, em direção a Nairóbi, no Quénia. Uma das partilhas no Facebook diz: “Os momentos que antecederam o acidente com o avião da Ethiopian foram vistos por uma testemunha. Que descansem em paz e que as suas famílias e amigos encontrem conforto.” Seguem-se, depois, uma série de hashtags que remetem para o acidente que está a abalar a indústria da aviação. O post em causa tem tudo para ser viral: é que o acidente da Ethiopian não foi só mais um acidente aéreo, foi um desastre de aviação que matou 157 pessoas de 35 nacionalidades, foi o segundo acidente em apenas cinco meses com um avião daquele modelo e foi a segunda tragédia com um modelo de avião novo, lançado há apenas dois anos, que utiliza tecnologia de ponta e que tem sido um sucesso de vendas em todo o mundo. O Boeing 737 MAX está, agora, a passar por uma crise rara na aviação já que, devido aos acidentes, foi decretada a sua proibição no espaço aéreo europeu. Além disso, muitos outros países no mundo têm fechado o espaço aéreo a esta aeronave até que as causas do acidente estejam devidamente apuradas. É caso para dizer que o vídeo preenche a máxima de que “os factos não podem estragar uma boa história”. A verdade é que estragam: as imagens atribuídas ao 737 da Ethiopian são reais, no entanto não lhe pertencem, e é fácil desconstruir este rumor. Em primeiro lugar, é percetível que o avião do vídeo tinha acabado de sair da pista; o da Ethiopian já tinha percorrido mais de 60 km no momento em que se despenhou. Em segundo lugar, o avião das imagens tem quatro motores; o Boeing 737 MAX tem apenas dois. Em terceiro lugar, o avião das imagens é muito maior que o avião da companhia africana que de despenhou perto de Adis Abeba. Mediaticamente, o vídeo é impressionante. Tanto, que não é a primeira vez que é associado a desastres, de forma enganadora. Já foi, por exemplo, atribuído ao voo da Malaysia Airlines, que resultou em 300 mortes. No fim de contas, o vídeo diz respeito a um acidente que aconteceu no dia 29 de abril de 2013. Um avião, também da Boeing, mas do modelo 747, na versão de carga, tinha descolado há momentos do aeroporto de Bagram, no Afeganistão. Despenhou-se, ao que tudo indica, devido a um desequilíbrio na carga. Durante a subida, cinco veículos soltaram-se e embateram na parte traseira do porão, o que fez a aeronave perder o equilíbrio. O aparelho fazia a ligação entre Camp Bastion e o Dubai, e tinha acabado de fazer uma escala em Bagram. Todos os sete membros da tripulação morreram. Mediaticamente, o vídeo é impressionante. Tanto, que não é a primeira vez que é associado a desastres, de forma enganadora. Já foi, por exemplo, atribuído ao voo da Malaysia Airlines que voava entre Amesterdão e Kuala Lumpur e que se despenhou na Ucrânia, no dia 17 de julho de 2014, depois de ter sido atingido por um míssil. Todas as 300 pessoas a bordo perderam a vida. Avaliação do Polígrafo:
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