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| - As imagens que circulam nas redes sociais mostram uma zona fluvial, com a água do rio com uma densa espuma branca. No Facebook, são divulgadas as imagens captadas durante a noite, afirmando-se que se trata do Rio Nabão, um rio afluente do rio Zêzere que passa na cidade de Tomar. O autor do post, de 11 de dezembro, alerta que este é “um crime que não pode ficar impune”.
A situação descrita é real?
Contactada pelo Polígrafo, fonte oficial da Câmara Municipal de Tomar confirma que, na semana de 12 a 18 de dezembro do corrente ano, se verificaram focos de poluição no Rio Nabão. Ou seja, as imagens em análise são verdadeiras e atuais.
“Tudo indica que tenham origem em descargas ilegais efetuadas para o leito do rio, aproveitando o maior caudal que o mesmo registou por força da pluviosidade registada”, informa a autarquia liderada por Anabela Freitas. O Executivo municipal garante que esteve no terreno a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), “quer para recolha de amostras para análise, quer para tentar identificar os pontos de origem das descargas”. A autarquia aguarda agora o resultado das diligências efetuadas. O Polígrafo contactou a APA sobre a situação descrita, mas até ao momento não obteve resposta.
Há vários anos que são noticiadas descargas e os consequentes focos de poluição no rio Nabão, à semelhança da situação reportada através das imagens recentes. Em abril de 2021, o então ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, anunciava que pretendia “travar a poluição do rio Nabão com um investimento de cerca de 20 milhões de euros pretende modernizar as condutas da ETAR de Seiça, em Tomar”.
Na altura, indicava-se que a intervenção da Tejo Ambiente, com o apoio do Governo, permitiria reduzir em cerca de 80%, os focos de poluição no concelho. No entanto, admitia-se que “ficariam ainda por solucionar os focos provenientes de lagoas e depósitos, também apontados como poluentes do rio Nabão”.
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Avaliação do Polígrafo:
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