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| - É falso que o governo federal está oferecendo cirurgia plástica gratuita por um mês. A oferta não existe.
O que diz o post
A postagem traz uma imagem com o texto "Cirurgia plástica gratuita. A partir de 20 de maio de 2024, os hospitais brasileiros passarão a oferecer atividades de cirurgia plástica. Não é necessário dinheiro. O evento dura um mês".
O post ainda indica links para faixas etárias que seriam público-alvo da ação: 28 aos 35 anos, 36 aos 45, 45 aos 55, 56 aos 65 e acima de 65 anos. Todos levam para uma página suspeita. Nela, a reportagem encontrou apenas anúncios de cirurgias plásticas na internet, que direcionam para clínicas reais. Mas não há ofertas reais de cirurgias gratuitas.
Uma outra versão do post traz um texto parecido, mas apresentando outra data: 17 de maio de 2024. Além disso, ao invés das opções de idade, são apresentadas os locais para consulta.. A página leva para um site com domínio quase igual ao primeiro, com os mesmos anúncios.
Por que é falso
Ação do governo não existe. Uma busca simples no Google (aqui) não leva a nenhuma notícia sobre a concessão de cirurgias plásticas de forma gratuita.
Ministério da Saúde oferece apenas cirurgias reparadoras. Segundo a lei 13.239 de 2015 (aqui), o procedimento é fornecido a mulheres que tiveram sequelas de lesões causadas por violência doméstica. Nesses casos, o atendimento deve ser prioritário, o que é definido por outra lei, de junho de 2024 (aqui).
Estabelecimentos específicos são credenciados a fazer cirurgias. Procurada pelo UOL Confere, o Ministério da Saúde indicou os locais onde podem ser feitas as cirurgias reparadoras pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que compõem a rede (aqui). "Porém a normalização, bem como os protocolos para inserção dessa mulher nesses serviços, obedecem critérios dos gestores locais do SUS", complementou.
Outro projeto de lei quer ampliar benefício. Em novembro, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara aprovou o Projeto de Lei 2291/23, que amplia o direito à cirurgia plástica reparadora de mama pelo SUS (Sistema Único de Saúde) às mulheres que sofreram mutilação total ou parcial, independentemente da causa (aqui). No entanto, o projeto ainda está em tramitação na Comissão de Saúde (aqui).
Viralização. Até esta quarta-feira (26), um dos posts no Facebook chegou a mais de 2.700 curtidas e reações, 300 compartilhamentos e 1.400 comentários.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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