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| - São imagens de terrenos vazios ou em preparação para obras que parece ainda não terem começado. Nos últimos dias surgiram várias publicações com tais imagens dos terrenos em Carnide, Lisboa, onde deveria ter sido instalada a nova Feira Popular até 2018. “Mas já vamos a meio de 2019 e ainda nada”, denuncia-se numa dessas publicações.
A abertura de uma nova Feira Popular em Carnide até ao ano de 2018 terá sido uma promessa de Fernando Medina, eleito para a Presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML) em 2017, salientam os internautas. Confirma-se essa promessa não cumprida? Verificação de factos, a pedido de leitores do Polígrafo.
“Nós estamos a construir as acessibilidades, estamos com os processos para tratar da modelação dos terrenos e para construir o parque verde e creio que, no início do próximo ano, teremos o parque verde concluído e com capacidade para servir a população“, afirmou Medina, no dia 21 de fevereiro de 2017, à margem de uma sessão dirigida a empresas e investidores para apresentar o projeto da nova Feira Popular.
No início de 2018, porém, o parque verde ainda não estava pronto, nem a Feira Popular. Questionada pela Agência Lusa sobre esse facto, a CML indicou que “dadas as condicionantes inerentes ao curso normal de grandes obras que envolvem vários concursos públicos e empreitadas, como é este caso, não é possível ainda estimar a data de inauguração da Feira Popular nem de abertura do parque, sendo que a meta para a abertura do parque verde é o final de 2018″.
A CML acrescentou na altura que a “abertura da Feira Popular enquanto parque de diversões depende de uma série de outros concursos e empreitadas, com a respetiva elaboração de projectos e aprovação em câmara e assembleia municipal”. Mais, a CML explicou também que “este processo deve necessariamente demorar o seu tempo, tendo em conta que se está a projetar um parque de diversões de excelência para a cidade, que inclui um enorme parque verde com 20 hectares”.
A proposta para a construção do parque verde no qual vai nascer a nova Feira Popular, em Carnide, foi aprovada em julho de 2018, sendo que a empreitada está orçada em 5,159 milhões de euros e tem um prazo de execução de cerca de oito meses, aos quais acrescem 365 dias para manutenção dos espaços verdes, noticiou então a Agência Lusa. Concluídas as obras, o parque “estará integralmente disponível ao público até ser definido o concessionário, e depois será parte da concessão”, pelo que “a gestão do parque será feita pelo futuro concessionário”, com excepção de “uma área de jardim público dedicada ao Bairro Padre Cruz, que não será integrada na concessão”.
A proposta para a construção do parque verde no qual vai nascer a nova Feira Popular, em Carnide, foi aprovada em julho de 2018, sendo que a empreitada está orçada em 5,159 milhões de euros.
Ou seja, Medina tinha prometido abrir o parque verde no início de 2018, mas não cumpriu e prolongou o prazo até ao final de 2018. O problema é que, em julho de 2019, o parque verde ainda não existe. Nem a Feira Popular. Mas a promessa de Medina limitava-se ao parque verde, não tendo definido um prazo para a inauguração da Feira Popular, apesar das várias cerimónias de lançamento dos projetos que protagonizou desde 2016.
Confrontado aliás com esses atrasos pela Rádio Renascença, no dia 2 de julho de 2019, Medina negou que a Feira Popular devesse ter sido inaugurada em 2018. “Essa data, explica, dizia respeito apenas a uma parte do parque onde a feira vai estar inserida. ‘Essa data era para a finalização do parque verde da feira popular. O que se passou foi que houve um atraso na realização das obras no terreno, devido à situação do clube atlético e cultural que tinha ali os seus campos de treino e sede'”, justificou então Medina.
Avaliação do Polígrafo:
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