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  • “Veneno tóxico nas zaragatoas do teste da Covid-19? As zaragatoas utilizadas para recolher amostras orgânicas utilizadas no teste do SARS-CoV-2 são esterilizadas com óxido de etileno, um químico extremamente tóxico e cancerígeno. São detalhados os resultados de vários estudos que ligam o óxido de etileno ao cancro no ser humano, incluindo cancro da mama, leucemia, mieloma múltiplo, linfoma não Hodgkin e cancros linfo-hematopoiéticos. (…) O ideal é que os utensílios esterilizados sejam arejados durante horas. No entanto, com a situação atual, talvez nem sempre aconteça”, lê-se no post de 28 de março. Muitas das zaragatoas são esterilizadas com óxido de etileno, mas passam por um processo de descontaminação. O processo é extremamente controlado para que o gás seja removido dos produtos. Aliás, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA informa que “a esterilização por óxido de etileno é um método de esterilização importante que os fabricantes utilizam amplamente para manter os dispositivos médicos seguros“. Em Portugal, a esterilização das zaragatoas não utiliza óxido de etileno, mas sim radiação gamma. A produção destes materiais de uso médico está ao cargo de um consórcio nacional – que envolve o Instituto Superior Técnico (IST), o Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve [LINK6] (ABC) e a empresa Hidrofer. “A radiação gamma é um método limpo que não deixa quaisquer resíduos, mas requer a utilização de fontes radioativas”, explica ao Polígrafo Ana Paula Serro Professora do departamento de Engenharia Química e diretora-adjunta para o Programa de Testagem Covid-19 no IST. Para realizar a esterilização por radiação gamma são necessárias “instalações próprias e recursos humanos especialmente treinados”. O IST é o único local na Península Ibérica onde é realizada esta técnica. A especialista admite que a “esterilização de zaragatoas com óxido de etileno, por ser mais acessível, é a mais comum”. “Este tipo de esterilização tem de ser feita em instalações com ventilação adequada e utilizando equipamentos específicos”, explica ainda, ressalvando que “os materiais processados são submetidos a períodos adequados de arejamento para assegurar a remoção dos resíduos de óxido de etileno e seus subprodutos”. “Introduzir uma zaragatoa no nariz e a mesma estar na base de se contrair uma qualquer patologia ou cancro, somente porque foi previamente esterilizada com óxido de etileno, parece-me uma relação causa-efeito algo absurda, nada comparável às situações que possam ocorrer motivadas por uma exposição continuada daquele agente químico por via aérea”, acrescenta José Manuel F. Nogueira, professor de Química Analítica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A FDA tem um conjunto de normas que “descrevem como desenvolver, validar e controlar os processos de esterilização por óxido de etileno para dispositivos médicos e os níveis aceitáveis de óxido de etileno residual e cloridrina de etileno deixados num dispositivo após ter sido submetido à esterilização por óxido de etileno”. Armando Silvestre, diretor do departamento de Química da Universidade de Aveiro, refere que este perigo associado ao óxido de etileno acontece quando há “exposição direta ao gás”, ou seja, quando existe “inalação do gás em grandes quantidades”. “O organismo humano tem mecanismos que permitem remover ou defender-se da exposição a quantidades mínimas. Ou essas quantidades não são suficientes para induzir uma reação perigosa”, explica o químico, dando como exemplo o caso do álcool: “Se uma pessoa ingerir bebidas alcoólicas para além de um determinado limite, o organismo não o consegue eliminar em tempo útil e provoca os efeitos de embriaguez, intoxicação ou coma alcoólico”. O Department of Health and Social Care do Reino Unido, em recentes declarações à Reuters, indica que o “óxido de etileno é utilizado apenas na esterilização de zaragatoas e é uma das ferramentas de esterilização mais utilizadas no setor de saúde, principalmente aplicado pelos fabricantes para manter os dispositivos médicos seguros”. De resto, estima-se que cerca de 50% dos equipamentos médicos sejam esterilizados com óxido de etileno. Questionado pelo Polígrafo, Germano Sousa, antigo bastonário da Ordem dos Médicos e fundador do Centro de Medicina Laboral Germano de Sousa, sublinha que as zaragatoas desinfetadas com óxido de etileno “passam por um processo de descontaminação onde se aguarda que tudo aquilo seja eliminado” e só depois são embaladas. “Aliás, se houvesse óxido de etileno nas zaragatoas, os vírus eram destruídos”. “Os resíduos que ficam na zaragatoa são tão pequenos que não têm o mínimo perigo para a saúde. Não há um único caso de contaminação nestas circunstâncias”, assegura. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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