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  • “Áustria levanta-se contra ditadura da saúde.” É assim que vários utilizadores do Facebook titulam os seus posts onde afirmam que a polícia e o Exército austríacos se juntaram aos protestos contra o confinamento para não-vacinados que teve lugar em Viena, a 20 de novembro de 2021. “O líder do Partido da Liberdade (FPÖ), Herbert Kickl, convocou uma ‘megamanifestação’ em 20 de novembro em Viena”, pode ler-se numa das publicações, divulgada a 18 de novembro. “Pouco depois, o presidente da União das Forças Armadas Austríacas (FGÖ), Manfred Haidinger, fez o mesmo e se juntou a eles em uma carta publicada em 14 de novembro. Ele pretende ‘defender os direitos e liberdades fundamentais'”, diz o texto. O mesmo post garante ainda que “a polícia e o Exército recusam-se a controlar o passe de saúde em nome da ‘liberdade e da dignidade’ humana”. E o utilizador ainda acrescenta: “Ah, pois é!… E por cá?!… Como será, se não ‘abrirmos os olhos’…”. O post é um dos vários que circulou em diversas línguas (inglês, espanhol, húngaro…) e também em português. Tornaram-se mais presentes nas redes sociais nos dias imediatamente antes da realização da manifestação e referem-se aos protestos marcados pelo FPÖ contra o confinamento de não-vacinados, que tiveram de facto lugar a 20 de novembro e reuniram milhares de pessoas em Viena. Parte da confusão vem do facto de o protesto ter sido apoiado pelo Sindicato Livre da Áustria — União do Exército (FGÖ-BHG). O grupo tem um nome enganador, já que não se trata de um sindicato oficial, mas sim de uma associação privada. Isso mesmo foi confirmado pelo porta-voz do ministério da Defesa austríaco, Michael Bauer. A 15 de novembro, Bauer publicou um tweet onde esclareceu que as “comissões sindicais de trabalho” da FGÖ são “iniciativas privadas” e que a FGÖ “não é um órgão de representação do pessoal”. „Gewerkschaftliche Betriebsausschüsse“ des Vereins FGÖ sind private Initiativen von Bediensteten des BMLV. Bei der FGÖ handelt es sich um keine Organe der Personalvertretung im Sinne des Bundes-Personalvertretungsgesetzes." #Bundesheer pic.twitter.com/em4uisZD7t — Michael Bauer (@Bundesheerbauer) November 15, 2021 Dois dias depois, Bauer voltou ao Twitter para garantir que a informação que está a circular sobre o envolvimento do Exército nos protestos é falsa: “Não apoiamos manifestações, não convocamos nem participamos em nenhuma”, disse. A própria FGÖ reconheceu à AFP que apenas pode falar “em nome” dos seus membros. “Isso também significa que não posso falar em nome dos militares”, reconheceu o seu presidente, Manfred Haidinger. O mesmo responsável disse que “não tinha ideia” de quantos militares iriam participar no protesto de forma não-oficial. Quanto à polícia, não há sequer uma ligação que ajude a perceber porque foi envolvida nas manifestações. A AFP contactou a polícia de Viena e a porta-voz, Barbara Gass, rejeitou que houvesse qualquer apoio ao protesto: “Nunca, como instituição, daríamos uma opinião política.” Já depois de a manifestação ter lugar, surgiram outras publicações de internautas com vídeos que dariam conta da adesão de polícias fardados às manifestações. O site da Geórgia Fact Check, especializado na verificação de informação, contactou a direção da polícia de Viena, que explicou que os agentes estavam dispersos pela multidão como tática para evitar o escalar da tensão durante a manifestação. Ao site Fact Check, aquela força de segurança austríaca refere que, “ao ver o vídeo, é óbvio que a polícia, ao contrário dos manifestantes, está apenas a seguir o fluxo de pessoas e não canta nenhum dos cânticos de ordem”. Exército e polícia recusaram verificar certificados de vacinação? Outro dos pontos referidos na publicação original é a de que “a polícia e o Exército recusam-se a controlar o passe de saúde”, em alegado protesto. Quanto ao Exército, a AFP explica que tal nem se aplica, já que verificar os certificados não é uma competência dos militares, a não ser quando pedido expressamente pela polícia. Quanto à polícia, não só a verificação tem sido feita como as patrulhas até aumentaram desde que foram anunciadas as novas medidas — muito embora representantes sindicais tenham alertado para a dificuldade de conseguir cumprir essa verificação ao máximo. A título de exemplo, só no dia 17 de novembro foram feitas cerca de 15 mil verificações pela polícia austríaca, tendo sido detetadas 120 violações das regras — dados fornecidos pelo ministro do Interior austríaco Karl Nehammer, no Twitter. Conclusão Não é verdade que o Exército e a polícia austríaca se tenham levantado “contra a ditadura da saúde”, participando oficialmente nas manifestações contra o confinamento e recusando-se a controlar os certificados de vacinação. Apesar de ter havido uma grande manifestação em Viena em novembro de 2021, a polícia e o Exército não aderiram aos protestos. Quanto ao controlo da documentação, o Exército não tem poderes para essa fiscalização e a polícia não só continuou a fazê-la como até aumentou o controlo desde então. Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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