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| - “É Tipo Homem?! O Parlamento Europeu (PE) em Estrasburgo, decidiu repreender a eurodeputada socialista portuguesa Maria João Rodrigues, sobre uma queixa de assédio sexual a uma antiga assistente”. Esta é a mensagem que acompanha a publicação de um meme no “Grupo de Apoio ao Juiz Carlos Alexandre”, página com mais de 100 mil seguidores na rede social Facebook.
É mesmo verdade que a atual eurodeputada do PS, Maria João Rodrigues, foi repreendida no Parlamento Europeu por causa de “uma queixa de assédio sexual a uma antiga assistente“?
De facto, no dia 18 de abril, o Parlamento Europeu anunciou que decidiu repreender a eurodeputada socialista portuguesa Maria João Rodrigues, ao concluir a investigação sobre uma queixa de assédio laboral por uma antiga assistente.
Na abertura da sessão do último dia da atual legislatura do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, o vice-presidente Pavel Telicka informou que, “tendo em conta as conclusões da comissão de aconselhamento que lida com queixas de assédio”, e “após considerar as declarações escritas feitas pelos envolvidos e ouvir a deputada”, o presidente da assembleia, António Tajani, “decidiu impor uma sanção à deputada Maria João Rodrigues“, na forma de “repreensão”, dado o seu comportamento relativamente à assistente queixosa poder ser considerado “assédio moral“.
Em declarações à Agência Lusa, a eurodeputada disse respeitar, mas não concordar com a decisão do Parlamento Europeu, por considerar que as acusações contra si eram “ou injustificadas ou baseadas em factos não ocorridos“.
O presidente da assembleia, António Tajani, “decidiu impor uma sanção à deputada Maria João Rodrigues”, na forma de “repreensão”, dado o seu comportamento relativamente à assistente queixosa poder ser considerado “assédio moral”.
Maria João Rodrigues lamentou que o caso tenha sido “instrumentalizado” contra si, por atores políticos não nacionais, “no momento crítico da formação da lista de candidatos do PS para as eleições europeias” do próximo mês, da qual ficou excluída.
Ainda assim, Maria João Rodrigues admite não recorrer da decisão do Parlamento Europeu – uma vez que a repreensão de que é alvo é a sanção mais leve das previstas no regimento da assembleia – e garante que termina o mandato “com o sentimento de trabalho realizado e missão cumprida”.
Concluindo, a eurodeputada foi repreendida por assédio laboral ou moral, não por assédio sexual, como indica a publicação em análise.
Avaliação do Polígrafo:
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