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| - “Se for alguma vez forçado por um ladrão a retirar dinheiro da caixa de multibanco, pode avisar a polícia imediatamente, digitando a sua senha ao contrário. Por exemplo, se a sua senha for 1234, então digite 4321. A máquina reconhece que a sua senha está invertida de acordo com o cartão que acabou de inserir. A máquina, de qualquer maneira, dar-lhe-á o dinheiro mas, para desconhecimento do ladrão, a polícia será imediatamente acionada/enviada para o/a ajudar”, descreve-se na publicação, datada de 2012, mas que voltou recentemente a ser propagada nas redes sociais.
Será verdade?
A resposta é não. Questionada pelo Polígrafo, a Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) indica que as “informações são falsas” e que “a referida técnica, de introdução do PIN ‘invertido’, não funciona na Rede de Caixas Automáticos Multibanco”. Mais, a SIBS informa igualmente que “não tem informação sobre a implementação desta técnica em qualquer país europeu ou de qualquer outro continente”.
A entidade recorda a necessidade de cumprir algumas regras de utilização da rede multibanco para evitar burlas. Não fornecer a ninguém o PIN do cartão bancário, que deverá ser memorizado pelo seu utilizador, é uma das principais medidas. É também aconselhado que se verifique de forma regular os movimentos efetuados com o cartão e, caso se detetem irregularidades, se contacte de imediato a entidade bancária.
Também no site do Banco de Portugal (BdP) são apresentadas algumas sugestões para evitar fraudes com cartões bancários. O banco central aconselha que não se use o terminal caso este aparente ter sido alterado ou se estiver danificado – sobretudo na ranhura onde se insere o cartão. Além disso, se o utente pensar que está a ser vítima de tentativa de fraude, não deve aceitar a ajuda de terceiros para recuperar o cartão.
Caso o cartão fique retido no ATM, será logo revelado o motivo da captura. Se isso não acontecer ou a justificação suscitar dúvidas, adverte o BdP, deve notificar-se imediatamente o banco. “Alguém pode ter manipulado o terminal com o objetivo de impedir que o cartão saia e, mais tarde, apropriar-se indevidamente do mesmo”, alerta-se.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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