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| - Há várias publicações a serem partilhadas nos últimos dias, mais ou menos com a mesma mensagem, mas uma das mais partilhadas consiste na imagem de um tweet difundida através do Facebook. “Não sei se vocês ficaram sabendo, mas a Ciência no Brasil sofreu um corte de 92% dos recursos pelo Ministério da Economia. Atenção aqui. Eu não disse 9,2%. Eu disse 92%! Por aqui, ou vejo gente desesperada ou de luto. Acabou, gente. Se isso não for revertido, acabou”, sublinha-se no texto que já acumula mais de 6.400 partilhas.
Esta publicação foi denunciada como sendo falsa ou enganadora, mas na realidade baseia-se em notícias fidedignas (e recentes) de vários jornais brasileiros.
Por exemplo, o jornal “Folha de S. Paulo”, a 8 de outubro, informou que “o Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira [dia 7 de outubro] um projeto que retira 600 milhões de reais de recursos previstos para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e destina o montante para uso em outras áreas. O projeto atendeu a um pedido da equipa económica do Governo Bolsonaro“.
“Em agosto, o Ministério da Economia encaminhou ao Congresso o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) que abriu crédito suplementar de 690 milhões de reais integralmente para o MCTI. Nesta quinta-feira, no entanto, o ministro Paulo Guedes enviou ofício à Comissão Mista de Orçamento do Congresso dizendo que o Governo decidiu dividir os recursos com outros ministérios“, lê-se na mesma notícia.
“Assim, foi aprovado que o MCTI receberia apenas 89,8 milhões de reais. Os recursos específicos para projetos de Ciência e Tecnologia, que seriam de 655,4 milhões de reais, tiveram redução de quase 99% e caíram para 7,2 milhões de reais”, destaca-se.
Entretanto, o próprio ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, classificou o corte orçamental como uma “falta de consideração”, “equivocado e ilógico”, pedindo que seja corrigido “urgentemente”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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