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| - “A taxa de poupança das famílias portuguesas atingiu os 12,6% em 2020 e os 10,9% em 2021. A taxa de poupança média nos 10 anos anteriores a 2020 foi de 7,5%, a de 2019 situou-se nos 7,2% (por cada 100 euros disponíveis as famílias pouparam 7,2 euros). Se a redução do consumo final de -6,4% em 2020 pode explicar parte do aumento da taxa de poupança, uma poupança forçada ou de precaução, já o aumento de 5,8% do consumo final, comparado com o aumento de apenas 4% do rendimento bruto disponível, aponta claramente para uma política orçamental e por consequência monetária demasiado expansionista”, aponta post de 2 de maio, no Facebook.
A 25 de março deste ano, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou que a capacidade de financiamento das famílias portuguesas “diminuiu 0,6 pontos percentuais (p.p.), para 4,4% do PIB”, no 4º e último trimestre de 2021. Também a taxa de poupança “decresceu para 10,9% (11,7% no trimestre anterior e 12,6% no final de 2020)”.
A taxa de poupança das famílias portuguesas atingiu, assim, 10,9% do Rendimento Disponível Bruto (RDB), o que corresponde a uma redução de 0,8 p.p. relativamente ao resultado do trimestre anterior. De acordo com o INE, “este desempenho foi consequência do aumento em 2,3% do consumo privado (variação de 1,1% no trimestre anterior), superior ao crescimento do rendimento disponível (1,4%)”.
“Comparativamente com 2020, o RDB aumentou 4,0% em 2021. Ainda assim, este crescimento do RDB não foi suficiente para compensar o aumento da despesa de consumo final, que se fixou em 5,8% (após a forte redução de 6,4% em 2020 no contexto da pandemia Covid-19), o que determinou a redução da taxa de poupança”, acrescenta o Instituto no mesmo comunicado.
A taxa de poupança das famílias “mede a parte do rendimento disponível que não é utilizado em consumo final, sendo calculada através do rácio entre a poupança bruta e o rendimento disponível (inclui ajustamento pela variação da participação líquida das Famílias nos fundos de pensões)”.
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