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| - Não é verdade que um vídeo traz imagens apagadas do sistema de monitoramento do Palácio do Planalto que mostram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados dentro da sede do governo durante os atos golpistas de 8 de janeiro. As peças de desinformação que fazem essa alegação compartilham uma gravação que já havia vindo a público e que registra o momento em que membros do governo avaliam a extensão dos danos causados, após o fim das manifestações.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 15 mil compartilhamentos no Facebook até a tarde desta segunda-feira (18). Os posts também circulam no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
ACABEI DE RECEBER!!! NÃO É FAKE… A FONTE É SEGURA… COMPARTILHEM.... *BOMBA BOMA (sic), UM DOS VIDEOS APAGADOS VAZOU*. A QUADRILHA DO PT ESTAVA TODA NO PLANALTO NO DIA 08.
Um vídeo que mostra Lula e aliados caminhando pelas dependências do Planalto em 8 de janeiro tem circulado fora de contexto nas redes como uma suposta prova de que o governo teria participado dos atos golpistas. De acordo com as peças de desinformação, as imagens fariam parte do acervo apagado pela empresa responsável por administrar as câmeras de segurança do governo federal, o que não é verdade. A gravação é antiga, já foi disponibilizada ao público e, inclusive, já serviu como material para outras peças de desinformação desmentidas pelo Aos Fatos.
Na filmagem, o presidente e outros integrantes do governo vistoriam a sede do Executivo horas depois do fim dos atos golpistas. Durante o dia, Lula cumpriu agenda em Araraquara (SP), cidade que havia sido atingida por fortes chuvas.
A mesma gravação já foi usada por outras três peças de desinformação desmentidas por Aos Fatos neste ano. Os posts alegavam que o presidente Lula não estava em Araraquara (SP) no dia dos ataques e que as imagens haviam sido gravadas durante os atos de vandalismo, e não depois.
Imagens vazadas. A alegação de que a gravação faria parte de um acervo supostamente apagado pelo governo distorce uma notícia repercutida pela imprensa em agosto deste ano. Na época, o ministro Flávio Dino (PSB) afirmou que as imagens do circuito de segurança interno do prédio que abriga o Ministério da Justiça e Segurança Pública haviam sido apagadas pela empresa que prestava serviços de monitoramento. De acordo com o ministro, o acordo com a companhia não previa o armazenamento das filmagens por longos períodos.
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