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| - “Ex-senador pelo PT [Partido dos Trabalhadores], Lindbergh Farias, é flagrado comprando drogas no morro do Vidigal no Rio de Janeiro. São vermes como esse que financiam o crime organizado em nosso país”. É esta a frase que ilustra o vídeo que tem sido partilhado incessantemente nas redes sociais desde há uma semana. O autor da publicação alega que o ex-senador terá ido à favela comprar droga.
No vídeo partilhado não há quaisquer evidências de que Lindbergh Farias tenha feito algo de ilegal. Na gravação só é possível ver Farias sentado numa paragem de autocarros juntamente com outras pessoas. O indivíduo que está a gravar acaba por dirigir alguns insultos ao ex-senador: “vagabundo”, “corrupto” e “bandido”. No final da gravação, o político entra numa carrinha e o vídeo termina.
É verdade que o ex-senador se deslocou a uma favela do Rio de Janeiro para ir comprar droga?
Não. Em nenhum momento do vídeo se vê Lindbergh a comprar droga.
Na realidade, o ex-senador deslocou-se a um encontro de cariz político. O organizador do encontro, Ninho Vidigal, confirmou ao Estadão Verifica que Farias esteve presente no evento Politilaje, no qual se discutiram algumas reivindicações dos moradores de favelas.
A presença do político é corroborada por uma fotografia publicada na sua página do Twitter. Nessa imagem é possível ver que a roupa coincide com aquela que tinha vestida no vídeo amador: t-shirt preta e calções bege. O presidente municipal do Partido dos Trabalhadores, Tiago Santana, publicou também uma fotografia do evento na sua página do Facebook.
O ex-senador reagiu entretanto à notícia falsa que foi difundida em diversas redes sociais, incluindo no Whatsapp. Através de um vídeo publicado no Twitter, Farias explicou o ocorrido e garantiu que já tinha denunciado a situação às entidades competentes.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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