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| - “O coronavírus, antes de alcançar o pulmão ele permanece na garganta por quatro dias, esse é o tempo que a pessoa começa a tossir e ter dor na garganta. Se ela tomar muita água e gargarejo com água morna, sal ou vinagre, o vírus é eliminado. Espalhe esta informação porque você pode salvar alguém com esta informação”, destaca-se na mensagem da publicação em causa.
Este denominado “informativo” tem alguma validade científica?
Não é a primeira vez que tal sugestão de tratamento para o novo coronavírus é difundida nas redes sociais. Como o Polígrafo já sinalizou anteriormente, não tem qualquer sustentação factual ou validade científica.
A prática de gargarejar com “água morna, sal ou vinagre” pode servir para aliviar alguns sintomas relacionados com constipações ou gripes, mas não tem qualquer efeito comprovado relativamente à doença Covid-19 (inerente à infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2), muito menos o propalado efeito de “eliminar” o vírus.
Por outro lado, também não há qualquer dado científico que comprove que o novo coronavírus “antes de atingir os pulmões, permanece na garganta por quatro dias”.
Aliás, em declarações ao Polígrafo, no âmbito de um outro artigo de verificação de factos sobre a alegação de que “beber água de 15 em 15 minutos diminui o risco de infeção pelo novo coronavírus”, o virologista Kamal Mansinho esclareceu que, “no caso concreto do coronavírus, algumas células da boca, do nariz, da garganta, têm um receptor que funciona como fechadura, a que o vírus se liga para entrar nas células. Quando se diz que quando chega ao estômago e é destruído, não é verdade. Antes de chegar ao estômago pode causar infeção“.
“No caso concreto de alguns vírus respiratórios, normalmente eles infetam porque temos células que estão prontas para receber o vírus logo no nariz, na garganta, nos brônquios. Se algum vírus chega ao estômago, ele já entrou para onde pretendia entrar, para as vias respiratórias“, afirmou Mansinho.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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