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| - “‘El Chapo‘ Guzmán à esquerda, Pablo Escobar à direita… E ao centro: adivinhem quem? Evo Morales… Agora sabem o que se passa na América Latina com a Reafirmação Cidadã? Todos eram governos narcotraficantes“, comenta-se numa das publicações da imagem viral nas redes sociais.
Ao longo das últimas semanas, esta fotografia foi partilhada por milhares de pessoas, sobretudo na Bolívia, enquanto se desenrolavam os acontecimentos que resultaram na renúncia de Evo Morales ao cargo de Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, sob pressão das Forças Armadas e por entre suspeitas de fraude eleitoral.
Ora, a fotografia de Evo Morales a jantar com os narcotraficantes Pablo Escobar e “El Chapo” é autêntica?
Não. Trata-se de uma montagem que já foi denunciada por vários meios de comunicação social bolivianos (e de outros países sul-americanos), nomeadamente pela Chequea Bolivia, uma plataforma de fact-checking que verificou uma dessas publicações – a qual, aliás tinha origem num perfil falso de Evo Morales na rede social Twitter.
Esse tweet incluía uma suposta mensagem de agradecimento de Evo Morales aos dois famigerados narcotraficantes por o terem ensinado a “industrializar a sagrada folha de coca“. Além da imagem, essa mensagem também é completamente falsa.
A plataforma de fact-checking da AFP identificou a fotografia original, apurando que apenas Pablo Escobar estava presente no jantar em causa. Tanto Joaquín “El Chapo” Guzmán como Evo Morales foram acrescentados na imagem, através de recortes de outras fotografias.
É uma dupla montagem que serviu para reproduzir desinformação em torno do agora ex-Presidente da Bolívia, exilado no México.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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