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| - Com os resultados preliminares dos Censos 2021, é seguro começar a fazer contas ao número de habitantes que reside em cada zona do país. Em Miranda do Douro, município em que alegadamente há mais eleitores do que habitantes, os últimos censos contabilizaram 6466 residentes, menos 13,6% relativamente a 2011.
Já nos cadernos eleitorais, fechados a 11 de setembro deste ano, o mesmo município contava com 7376 inscritos, dos quais 56 estrangeiros. São, no total, mais 145 eleitores em relação ao último mapa de cálculo, de 15 de junho, o que representa um aumento significativo mas não justifica a diferença de quase 1000 pessoas que não contavam dos Censos 2021.
Ao Polígrafo, Helena Barril, recém eleita presidente da Câmara de Miranda do Douro, afirma que este é um “fenómeno a que temos vindo a assistir, infelizmente” e que “deve acontecer pelo país fora”, já que a “morada do cartão de cidadão permite uma circunstância dessas”.
“Aquilo que que posso dizer, que é o conhecimento geral, é que essa circunstância da morada baseia-se nas moradas dos cartões de cidadão. As pessoas ajustam-se, naturalmente. Se aconteceu em Miranda, como aconteceu de facto, também aconteceu em todo o país. A situação que está em causa é Miranda, mas estas são daquelas circunstâncias em que todos os candidatos podem intervir, no sentido de pedir a ‘A’, ‘B’ e ‘C’ que mudem a morada para cá para influenciar os votos. Não sei se o fizeram nem é isso que está em causa”, argumenta a autarca social democrata.
“Havia a necessidade, uma vez que os cadernos eleitorais iam sair no fim de julho, de que as pessoas mudassem a sua morada até dia 27 de julho. A partir do momento em que saíram os cadernos eleitorais, podiam mudá-la de novo e já ninguém dizia nada”, acrescenta ainda em declarações ao Polígrafo.
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Avaliação do Polígrafo:
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