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| - “O Governo começou a injetar dinheiro na TAP há cerca de mil dias, o que significa que todos os dias o Governo torrou na TAP cerca de três milhões de euros. Estamos a falar de 500 mil euros [no caso da indemnização de Alexandra Reis], ou seja, aquilo que o Governo torrou na TAP a cada quatro horas nos últimos mil dias”. Foi com este dado que Carlos Guimarães Pinto, deputado do Iniciativa Liberal (IL) iniciou a sua intervenção ontem à noite na CNN.
Debatia-se o caso de Alexandra Reis, cujo acordo de saída foi considerado nulo pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF). Bem como a consequente exoneração da liderança da TAP, formada por Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja.
Guimarães Pinto reforçou a mesma ideia logo a seguir: “Apesar de tudo, isto é uma pequena parte do dano que foi feito às contas públicas com esta injeção da TAP. Estes 500 mil euros são aquilo que o Governo injetou a cada quatro horas nos últimos quase três anos. A questão é quantas ‘Alexandras Reis’ é que já foram desperdiçadas na TAP?”.
A alegação é verdadeira?
Em primeiro lugar, importa lembrar que desde o início do plano de reestruturação da TAP já foram aprovadas injeções no valor total de 3,2 mil milhões de euros na companhia de aviação pelo Estado português. Deste valor global, destaca-se o empréstimo de 1,2 mil milhões de euros concedido em julho de 2020. Num artigo de opinião no jornal “Observador“, publicado no dia 14 desse mês, Pedro Nuno Santos, o então ministro das Infraestruturas e Habitação, tentava esclarecer as “dúvidas legítimas” que a população poderia ter sobre a “decisão do Governo em intervencionar a TAP, com a injeção até 1,2 mil milhões de euros”. Desde então, contam-se cerca de 960 dias.
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Avaliação do Polígrafo:
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