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  • Publicações nas redes sociais acusam a administração de Joe Biden, agora ex-presidente dos EUA, de mandar encerrar o espaço aéreo sobre Los Angeles durante um dia, enquanto as chamas ainda fustigavam o terreno. A motivação terá sido a visita de Biden — que no início de janeiro ainda se encontrava em funções — aos locais afetados pelo incêndio. Mas não foi bem assim. É verdade que os meios de combate aéreo ficaram impedidos de voar, por um dia, durante o pico do combate às chamas na Califórnia. Contudo, o motivo não foi a visita de JoeBiden, mas sim as fortes rajadas de vento que se registavam naquele local e que ameaçam a segurança das operações aéreas de combate às chamas. A visita presidencial já estava agendada. O democrata terá chegado a Los Angeles na noite de 6 de janeiro. E, no dia seguinte, os planos para a visita do então Presidente tiveram de ser alterados devido a ventos fortes. Nesse dia, 7 de janeiro, as chamas começaram a lavrar. E tudo aconteceu muito rápido. As fortes rajadas de vento e o terreno seco foram a combinação para a catástrofe. Segundo a BBC, em apenas 25 minutos, o fogo consumiu mais de 80 hectares, uma área correspondente a 112 campos de futebol. Nessa noite, os meios de combate aéreo dos bombeiros de Los Angeles estiveram impedidos de voar devido à força do vento. Um inverno seco e os “ventos de Santa Ana”. O que explica os grandes incêndios em Los Angeles? Ventos acima dos 60 km/h podem afetar o desempenho das aeronaves no combate ao fogo, levando, muitas vezes, a que estas não tenham condições de desempenhar a sua função. No caso deste incêndio, durante a primeira noite em que os meios de combate aéreo tiveram que ficar no solo, as rajadas de vento atingiram velocidades entre os 80 e os 130 km/h. Na verdade, durante os dias de combate a este incêndio, foram vários os momentos em que o vento comprometeu a segurança e o desempenho das aeronaves, levando a mais do que uma paralisação. No final do dia 8 de janeiro, pelo menos cinco pessoas tinham perdido a vida e mais de 30 mil tinham sido obrigadas a fugir das suas casas. Joe Biden esteve presente no briefing dos bombeiros no quartel em Santa Mónica. Nesse dia, o Presidente voltou para Washington D.C. Entre o dia 7 de janeiro até ao dia 21, mais de 17 focos de incêndio deflagraram no sul da Califórnia. Segundo os bombeiros, este foi o segundo maior incêndio da história do estado: mataram pelo menos 27 pessoas, deixaram em ruínas mais de 15 mil infraestruturas e queimaram mais de 16 mil hectares, uma área maior do que a cidade de Lisboa. Estima-se que os prejuízos rondem os 250 a 275 mil milhões de dólares. Conclusão Um post nas redes sociais alega que os meios aéreos de combate aos incêndios em Los Angeles foram forçados a parar durante a visita presidencial de Joe Biden, para que o ex-presidente dos EUA pudesse visitar as áreas afetadas. Mas essa não foi a razão da paralização e nem tudo nesta acusação é verdade. Joe Biden, que na altura ainda tinha morada na Casa Branca, chegou a Los Angeles a 6 de janeiro e viu os seus planos para a visita presidencial serem alterados devido a ventos fortes. Os mesmos ventos que no dia seguinte foram responsáveis por espalhar as chamas a uma velocidade incontrolável. Entre o dia 7 e 8 de janeiro, os meios aéreos dos bombeiros de Los Angeles foram forçados a parar, uma vez que a velocidade do vento atingia os 130 km/h. Quando as rajadas de vento atingem níveis elevados, como foi o caso, a segurança e a eficácia dos bombeiros fica comprometida. Joe Biden regressou a Washington D. C. no dia 8 de janeiro. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ENGANADOR No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: PARCIALMENTE FALSO: as alegações dos conteúdos são uma mistura de factos precisos e imprecisos ou a principal alegação é enganadora ou está incompleta. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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