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| - “A aprovação do voto [de homenagem às vítimas do Holocausto] foi saudada com aplausos por quase todos os deputados. Digo quase, porque houve um que se recusou a aplaudir. Deixo à vossa argúcia adivinhar quem foi e só refiro isto porque não foi notícia. O que é estranho. Com tanta atenção que a comunicação social dedica ao homem e ao seu partido, logo isto havia de escapar”, ironizou António Filipe, deputado do PCP, em publicação de 30 de janeiro no Facebook.
O deputado comunista referia-se à Reunião Plenária da véspera, no decurso da qual foi apreciado o Projeto de Voto de Pesar nº 444/XIV, “Pelas vítimas do Holocausto e em evocação do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto”.
No texto do projeto, lido pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, a iniciativa é contextualizada com o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto (27 de janeiro). Na sua parte final, o documento adverte que se vive um “momento em que os extremismos assentes no ódio motivado pela diferença de origem ou ascendência procuram regressar ao espaço público e contaminar a sã convivência entre cidadãos”.
Após a leitura, ainda antes da votação do projeto (que seria aprovado por unanimidade), os deputados bateram palmas durante 18 segundos. Através das imagens emitidas via Canal Parlamento é visível que André Ventura (um dos deputados mais próximos da câmara) foi o único que nunca bateu palmas durante todo esse tempo.
Das dezenas de deputados presentes, alguns fizeram-no sempre, outros durante breves segundos, mas ninguém mais além de André Ventura permaneceu parado durante o tempo integral daquela homenagem.
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Avaliação do Polígrafo:
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