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| - O visado na publicação em análise dá pelo nome de George Pell, arcebispo emérito de Sydney e Melbourne, Austrália, entre 1996 e 2014, ano em que foi nomeado pelo Papa Francisco para o cargo de Secretário da Economia no Conselho dos Cardeais do Vaticano. Em dezembro de 2018 acabou por ser afastado do Vaticano, devido a acusações de violação de menores.
Já em março de 2019, o antigo tesoureiro do Vaticano foi mesmo condenado a seis anos de prisão efetiva por crimes de abuso sexual de menores. Ainda recorreu da sentença, mas esse apelo foi recusado pelo Supremo Tribunal do Estado australiano de Victoria, a 21 de agosto de 2019. De acordo com o jornal britânico “The Guardian“, Pell foi condenado por ter abusado sexualmente de dois rapazes do coro de uma igreja em 1996 (ambos tinham então 13 anos de idade), após uma missa dominical na St. Patrick’s Cathedral em Melbourne.
Na sequência da confirmação da condenação de Pell, embora ainda possa recorrer para uma instância superior, propagou-se nas redes sociais uma publicação com a imagem e uma suposta citação do cardeal que passamos transcrever: “O aborto é um escândalo moral pior do que padres abusando crianças“. Essa citação é verdadeira ou falsa?
É verdadeira. Em 2002, o jornal canadiano “The Globe and Mail” noticiou que no Dia Mundial da Juventude, durante uma sessão pública de instrução religiosa em Toronto, Pell defendeu mesmo que “o aborto é um escândalo moral pior do que padres abusando crianças”.
A afirmação em causa foi proferida por Pell em resposta a uma pergunta sobre o que deveriam os católicos dizer sobre o escândalo sexual na Igreja Católica dos Estados Unidos da América (EUA) que estava a ser revelado naquela altura.
Posteriormente, o jornalista do “The Globe and Mail” questionou Pell sobre o significado dessa afirmação, tendo o arcebispo australiano reiterado a mesma ideia: “Porque é sempre uma destruição de vida humana. Não estou a tentar minimizar o abuso. Estou apenas a dizer que tem havido muita atenção em relação ao abuso sexual, mas não em relação a outras coisas”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “verdadeiro” ou “maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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