schema:text
| - “Eu sei que defende o alargamento da ADSE, mas sabe o que quer dizer a sigla ADSE? A ADSE significa assistência na doença para servidores civis do Estado. Não imagino que queira transformar todos os trabalhadores em trabalhadores do Estado em Portugal, porque isso seria uma surpreendente proposta coletivista“, começou por afirmar Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda e candidata à Presidência da República, no debate de 9 de janeiro (na SIC) frente a Tiago Mayan, candidato apoiado pelo partido Iniciativa Liberal.
“Sabe que quem está inserido na ADSE paga uma taxa de imposto adicional de 3,5% para poder aceder à ADSE, ao estender a toda a gente aumentar-se-ia este valor nas contribuições, o que me parece, na visão de um liberal, um amento colossal de impostos. O que está verdadeiramente em causa com a proposta do Tiago Mayan e do Iniciativa Liberal é pôr a ADSE e o SNS a financiar o setor privado”, acrescentou.
Logo no dia seguinte apareceu uma publicação nas redes sociais em que se alega que Marisa Matias defende o SNS mas beneficia de ADSE para ir a prestadores de saúde privados.
“Marisa [Matias] e colegas do público usam SNS? Não, têm saúde especial, no particular, com ADSE“, alega-se na publicação, chegando a acusar-se a candidata de “mentir” sobre esta matéria.
Ora, questionada pelo Polígrafo, fonte oficial da candidatura de Marisa Matias assegura que a bloquista não beneficia de ADSE, na medida em que “não é funcionária pública“.
Relativamente à suposta “mentira”, o facto é que não encontramos registo de qualquer declaração de Marisa Matias sobre beneficiar ou não pessoalmente do sistema de ADSE, pelo que tal questão nem sequer se coloca.
__________________________________________
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
|