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| - “Terrível. Como consequência três soldados desenvolveram necrose após fazerem um teste nasal de Covid-19, os médicos militares descobriram que 250 dessas testemunhas estavam contaminadas por uma bactéria perigosa. Um ataque biológico”, lê-se num post de 8 de janeiro no Facebook.
Remete para um artigo em língua inglesa, no qual se alega que “certos lotes de zaragatoas distribuídos ao Exército dos EUA foram contaminados por uma bactéria mortífera que causa fascite necrosante, uma doença carnívora que rapidamente destrói o tecido debaixo da pele” (tradução livre).
O artigo em causa tem origem no site “Real Raw News“, onde surgiu no dia 7 de janeiro de 2022, com o seguinte título: “Zaragatoas de teste à Covid-19 contaminadas por bactéria mortal” (tradução livre).
De acordo com a agência de notícias Reuters, que publicou uma verificação de factos sobre esta matéria, o site em causa tem um “histórico de publicação de histórias fabricadas sobre figuras públicas conhecidas”, além de reportar “falsos julgamentos e mortes e atribuir as suas informações a fontes anónimas”.
Aliás, no próprio site avisa-se que “a informação neste website tem objetivos informativos, educativos e de entretenimento. O website contém humor, paródia e sátira. Incluímos este aviso para a nossa proteção, após aconselhamento legal”.
A Reuters confirmou junto de fonte oficial do Walter Reed Army Institute of Research (WRAIR) que a história das zaragatoas contaminadas por uma bactéria mortal é falsa. No artigo cita-se um “capitão Jacob Downing” do WRAIR como fonte, mas o WRAIR nega a existência dessa pessoa, quer no WRAIR (centro de investigação biomédica do Departamento de Defesa dos EUA), quer no Exército dos EUA em geral.
Por sua vez, a plataforma “CheckYourFact” também verificou esta história e concluiu no mesmo sentido: é falsa. Fontes oficiais do Departamento de Defesa e do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA confirmaram que não tem qualquer fundamento.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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