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  • Uma publicação partilhada no Facebook alega que Manuel Alegre e Camilo Mortágua têm um plano para ilegalizar o Chega. No texto o autor escreve mesmo que os dois se encontraram em Évora para “prepararem a estratégia”. Mas em declarações ao Observador o antigo deputado nega as acusações. Manuel Alegre explica que, apesar de serem amigos, já não vê Camilo Mortágua “há vários anos” e que é contra a ilegalização do partido. No texto acima, divulgado através das redes sociais, o autor afirma que o objetivo da reunião entre Manuel Alegre e Camilo Mortágua seria “em apoio total a Ana Gomes”, ao “seu desejo” de ilegalizar o partido e alega também que tanto Mortágua como Alegre vão “lutar até à exaustão contra o Chega”. No entanto, o antigo deputado do PS, reitera ao Observador ser contra a ilegalização do partido. O histórico socialista não está de acordo com o pedido submetido pela antiga eurodeputada à Procuradoria-Geral da República, por considerar que “os problemas políticos se resolvem através do combate político” e acrescenta mesmo que a ilegalização do partido “não tem pés nem cabeça”. Para o antigo deputado socialista, é preciso resolver as causas que provocaram o “descontentamento” que originou o Chega e combater as ideias anti-democráticas e de extrema direita do partido a nível político. Manuel Alegre deixa ainda um aviso: quem pede pede a ilegalização do Chega “de certa maneira está a fazer um favor ao partido”, porque o pedido de ilegalização “é uma maneira indireta de lhe dar força”. Manuel Alegre adverte mesmo que com o pedido de ilegalização o partido pode ser visto como vítima: “Sou amigo do Camilo Mortágua, mas não o vejo há vários anos. Não reuni com ele em Évora e se estivesse estado com ele nunca seria para pedir a ilegalização do Chega, pela simples da razão de que eu acho que os problemas políticos se resolvem através do combate político. Não concordo com o pedido de ilegalização do partido. Isso não tem pés nem cabeça. O problema deve ser resolvido no plano político, resolvendo as causas que provocam o descontentamento que originou o aparecimento do Chega e combatendo as ideias de extrema direita e anti-democráticas do partido politicamente”, disse ao Observador Foi em fevereiro que Ana Gomes fez o pedido formal à Procuradoria-Geral da República para a legalidade do Chega fosse reapreciada. Era uma promessa que a antiga eurodeputada tinha feito ainda em campanha eleitoral. Manuel Alegre apoiou a candidata, mas não esta ideia que a camarada de partido defendeu na campanha. Na altura Ana Gomes disse que faria esse pedido de ilegalização caso fosse eleita Presidente, mas — apesar de ter ficado em segundo lugar na corrida a Belém — acabou por cumprir a promessa. Em fevereiro a antiga diplomata afirmava, em declarações ao Diário de Notícias, que o “O Tribunal Constitucional e o Ministério Público não podem continuar a eximir-se à responsabilidade que lhe está cometida”. Conclusão As informações divulgadas através da publicação em análise, publicada este mês, são falsas. Manuel Alegre desmentiu, em declarações ao Observador, que tenha existido um encontro com Camilo Mortágua em Évora, e explica mesmo que já não vê o conhecido opositor do Estado Novo “há vários anos”. Além disso, o antigo deputado do Partido Socialista avança que é contra a ilegalização do Chega porque considera que os “problemas políticos” devem ser tratados através do “combate político”. Manuel Alegre acrescenta mesmo que a ilegalização do partido “não tem pés nem cabeça”. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
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