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  • Não é verdade que o MPF (Ministério Público Federal) identificou depósitos que totalizam R$ 50 mil reais feitos pelo ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) ao advogado de Adélio Bispo, que esfaqueou Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Em nota, a PGR (Procuradoria-Geral da República) e Procuradoria da República em Minas Gerais negaram a veracidade da alegação que circula nas redes sociais. Até o momento, as investigações sobre a facada apontam que não houve mandantes e que Bispo agiu sozinho. Esta informação falsa relacionada ao caso circulou primeiro em janeiro de 2019, quando chegou a ser desmentida, e voltou à tona no Facebook nesta semana. Publicações recentes reuniam ao menos 15 mil compartilhamentos na segunda-feira (21) e foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (saiba como funciona). URGENTE: MPF identificou depósitos de Jean Wyllys para advogado de Adélio Bispo. R$ 50 mil em depósitos. É falsa a informação contida em publicações nas redes sociais de que o MPF (Ministério Público Federal) identificou depósitos do ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) na conta bancária do advogado de Adélio Bispo, que esfaqueou Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. Em nota enviada ao Aos Fatos, a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a Procuradoria da República em Minas Gerais desmentiram esta alegação. No momento, a apuração do MPF sobre a existência ou não de movimentações suspeitas na conta dos advogados de defesa de Bispo está arquivada a pedido do próprio órgão. O processo aguarda a decisão da Justiça sobre a quebra do sigilo do então advogado do agressor, Zanone de Oliveira Júnior. No dia 22 de junho, Luiz Fux, ministro e atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), remeteu esta ação para o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) e, até a publicação desta checagem, o recurso não havia sido julgado. Em nenhum momento houve sequer a citação do nome de Wyllys. Adélio Bispo já foi alvo de dois inquéritos da PF (Polícia Federal), um que investigava o atentado em si e outro que tentava descobrir possíveis mandantes. O primeiro foi finalizado em setembro de 2018 e concluiu que o agressor teria agido sozinho no dia do crime. Com base no relatório, o MPF denunciou o agressor por crime contra a segurança nacional. Em maio deste ano, a PF finalizou o segundo inquérito e alegou que não havia indícios da existência de mandantes. A mesma conclusão aparece na manifestação do MPF pelo arquivamento provisório das investigações (veja trechos abaixo e acesse aqui na íntegra). Outro indício que aponta a falta de provas do envolvimento de Wyllys na facada é que em junho deste ano a Justiça do Rio de Janeiro condenou bolsonaristas a apagarem postagens que faziam essa ilação. Narrativa antiga. A falsa informação de que teriam sido descobertos depósitos feitos pelo ex-deputado federal é antiga e vem circulando nas redes desde o início de 2019, quando foi desmentida por outras agência de checagem como a Agência Lupa e o Estadão Verifica. O Aos Fatos também desmentiu outras peças que tentavam relacionar Wyllys ao atentado. Na mesma época, por exemplo, um vídeo sugeria, entre outras coisas, que Bispo teria visitado o gabinete do ex-deputado antes do atentado. Essa desinformação voltou a circular em 2020 após a saída do governo do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. As peças sugeriam que essa informação teria sido escondida pelo ex-juiz e que só teria vindo à tona após sua demissão. A suposta relação foi sugerida em um vídeo publicado no dia 3 de maio no canal do YouTube BR Notícias e que também foi desmentido por Aos Fatos. Referências: 1. CNN Brasil 2. G1 (Fontes 1 e 2) 3. Folha de S.Paulo 4. UOL 5. Aos Fatos (Fontes 1, 2 e 3)
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