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  • “Tudo dito sobre os políticos após o 25 de abril“, comenta-se no topo da publicação, exibindo uma imagem de um sem-abrigo a dormir no chão, sobre um passeio de calçada portuguesa, e a seguinte mensagem em destaque: “Três milhões de pobres e 40 anos de gentalha que desgraçaram Portugal“. Noutro ponto da imagem também são visíveis os símbolos de vários partidos – PS, PSD, PCP, CDS-PP, BE e PEV – com moscas acopladas. No que concerne ao número de pobres em Portugal, esta alegação tem fundamento? Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) foram publicados no dia 19 de fevereiro de 2021, mais especificamente no boletim sobre “Rendimento e Condições de Vida” referente ao ano de 2020 (dados provisórios, ressalve-se). De acordo com o INE, “os resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC), realizado em 2020 sobre rendimentos do ano anterior, indicam que 16,2% dos residentes estavam em risco de pobreza em 2019, mantendo-se a tendência para a redução do indicador (17,2% em 2018). A taxa de risco de pobreza em 2019 correspondia à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos anuais por adulto equivalente inferiores a 6.480 euros (540 euros por mês). Este limiar, ou linha de pobreza relativa, corresponde a 60% da mediana (10.800 euros) da distribuição dos monetários líquidos equivalentes”. As percentagens de 16,2% em 2019 (ainda provisória) e 17,2% em 2018 equivalem a cerca de 1,6 milhões e 1,7 milhões de pessoas, respetivamente. Quase metade dos supostos “três milhões de pobres” evocados no post sob análise. “A taxa de risco de pobreza para os adultos em idade ativa diminuiu para 14,9% em 2019, menos 2,0 p.p. que em 2018, mas os riscos de pobreza para os menores de 18 anos e para a população idosa aumentaram para 19,1% e 17,5%, respetivamente. Em 2019, o risco de pobreza reduziu-se para ambos os sexos, de 16,6% para 15,6% no caso dos homens, e de 17,8% para 16,7% no caso das mulheres”, informa-se no mesmo boletim do INE. Mais, “o risco de pobreza diminuiu quer para a população empregada, de 10,8% em 2018 para 9,6% em 2019, quer para a população desempregada, de 47,5% para 40,7%. O risco de pobreza para a população reformada aumentou, com uma taxa de 15,7%, mais 0,5 p.p. que em 2018 (15,2%). Em 2019, o risco de pobreza reduziu-se para os agregados sem crianças dependentes (15,4%, menos 0,8 p.p. em relação a 2018) e para os agregados com crianças dependentes (17,0%, menos 1,3 p.p. que no ano anterior). A presença das crianças num agregado familiar continuou em 2019 a estar associada a um risco de pobreza acrescido, sobretudo no caso dos agregados constituídos por um adulto com pelo menos uma criança dependente (25,5%) e naqueles constituídos por dois adultos com três ou mais crianças dependentes (39,8%). O risco de pobreza para os ‘Outros agregados, com crianças’ foi de 17,6%”. Mais recentemente, em abril de 2021, foi publicado o estudo “Pobreza em Portugal – Trajetos e Quotidianos“, promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e coordenado pelo investigador e professor universitário Fernando Diogo, que lecciona Sociologia na Universidade dos Açores. O estudo juntou uma equipa de 11 investigadores e faculta informação sobre quem são as pessoas em situação de pobreza em Portugal: 32,9% são trabalhadores, 27,5% são reformados, 26,6% são precários e 13% são desempregados. “A percentagem de pessoas em situação de pobreza que trabalham (32,9% com vínculos efetivos e trabalho regular, 26,6% com trabalhos precários) permite perceber uma coisa: que a maioria das pessoas em situação de pobreza em Portugal trabalha. E entre os que trabalham, a maior parte (os tais 32,9%) tem vínculos laborais sem termo e aufere pelo menos o salário mínimo”, noticiou a Agência Lusa. Os dados do estudo resultam da observação dos últimos dados disponíveis do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR), relativos a 2018, aliada à realização de uma análise qualitativa baseada em “91 entrevistas aprofundadas por todo o país”. Segundo o coordenador da equipa de 11 pessoas, essa metodologia inédita permitiu representar a “diversidade da pobreza em Portugal“, para perceber “como é que a pobreza se organiza” e porque “as pessoas em situação de pobreza não são todas iguais”. Apesar das oscilações na variação da taxa de pobreza ao longo do período observado, entre 2003 e 2019, “o valor está sempre próximo de um quinto do total da população” e os últimos indicadores, de 2018, são de 17,2%, o equivalente a 1,7 milhões de pessoas. A taxa de pobreza infantil “é persistentemente mais elevada do que a taxa global“, frisou o coordenador do estudo em declarações à Agência Lusa, alertando para duas tipologias de famílias com taxas de pobreza acima da média global: famílias monoparentais ou onde existem dois adultos com três ou mais crianças. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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