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  • “Asco. Imagem de polícias portugueses fazendo o sinal que os identifica com o ‘White Power’ estadunidense, um movimento nazi-fascista defensor da supremacia branca“, acusa-se numa das publicações em causa. “Que dizer sobre o asco de ver movimentos neonazis dentro da polícia… Quando a força policial não o deveria permitir e os outros polícias que se afirmam ‘não fascistas’ deveriam ser claros e firmes na sua demarcação destes furúnculos que vão apodrecendo o tecido policial?” “Sem desculpa! Absolutamente lastimável que aqueles que devem defender a ordem pública utilizem o símbolo racista ‘White Power’“, sublinha-se noutra publicação. “Se ainda seria admissível alguma confusão das primeiras vezes que elementos de extrema-direta o utilizaram, podendo outros polícias imitar algo que não sabiam o verdadeiro significado, hoje tal não é possível depois de várias denúncias sobre o significado do gesto. É absolutamente vergonhoso ver quem deve defender a lei a comportar-se como criminoso”. É verdade que elementos do Movimento Zero fizeram um gesto racista de “supremacia branca” durante a manifestação das forças de segurança? O gesto é inegável, podendo ser comprovado em múltiplas fotografias e imagens televisivas da manifestação de ontem em Lisboa. A dúvida reside no verdadeiro significado desse gesto: racismo e “supremacia branca” ou simplesmente um “OK” ou um zero, nesse caso remetendo para a denominação do movimento? Ora, o que aparenta ser um gesto inofensivo de “OK” foi apropriado por movimentos extremistas e racistas, sobretudo nos Estados Unidos da América (EUA), acabando por ser incluído na lista de símbolos de ódio da Liga Anti-Difamação (ADL, na sigla em inglês), organização não governamental judaica de defesa dos direitos civis e ideais democráticos e combate ao ódio e à intolerância. Fundada em 1913 e sediada nos EUA, a ADL destacou-se sobretudo na denúncia do anti-semitismo e do negacionismo do Holocausto, mas ao longo da sua História de mais de um século também tem combatido outras formas de ódio e extremismo, nomeadamente o racismo, a xenofobia, a discriminação/violência de género, etc. No texto em que a ADL justifica a recente inclusão (setembro de 2019) do gesto de “OK” na lista de símbolos de ódio, ressalva-se que é utilizado desde há séculos em diversas culturas, assumindo diferentes significados, e que “na maior parte dos contextos é totalmente inócuo e inofensivo“. No entanto, a partir de meados de 2017, o gesto adquiriu um novo significado através de uma série de publicações no fórum online 4chan (no qual não se filtra o discurso de ódio, tornando-se assim um habitat natural para movimentos extremistas, racistas, xenófobos, terroristas, anti-semitas, homofóbicos, etc.) que o difundiram como representando as letras “wp” de “white power” (i.e., “poder branco“). O gesto de “OK” passou assim a ser utilizado como um código distintivo de promoção da “supremacia branca” em plataformas online, associado a mensagens racistas, xenófobas, odiosas. E daí saltou para o mundo físico e real, adoptado por movimentos de extrema-direita nos EUA como uma forma de expressar a sua ideologia sem a carga imagética odiosa mais explícita da saudação nazista ou fascista. Entretanto disseminou-se à escala global, impulsionada também pelo momento em que o supremacista branco australiano Brenton Tarrant fez esse gesto em pleno tribunal, em março de 2019, quando estava a ser julgado como presumível autor do massacre de 51 pessoas (a maior parte de confissão muçulmana) em mesquitas situadas em Christchurch, Nova Zelândia. Em suma, não é possível conferir qual seria a verdadeira intenção dos elementos do Movimento Zero ao fazerem aquele gesto, se estariam a representar um zero (remetendo para a denominação do grupo constituído por agentes da PSP e da GNR), ou se tinham a consciência do novo significado odioso que o gesto adquiriu recentemente entre movimentos de extrema-direita. O facto, porém, é que esse novo significado existe e já foi denunciado por organizações como a ADL e exponenciado ao nível mediático pelo ato simbólico de Brenton Tarrant. Não podendo confirmar a intenção, confirmamos a validade da interpretação do significado, reforçada pelo contexto de uma manifestação de forças de segurança e também por recentes relatórios que alertam para a infiltração da PSP por elementos de extrema-direita. As publicações em causa foram denunciadas como sendo falsas ou enganadoras por utilizadores do Facebook, mas concluímos que essas denúncias não se justificam. *** Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “verdadeiro” ou “maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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