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  • “A partir de amanhã, às 05h27, vivenciaremos o fenómeno aphelion, onde a Terra estará muito distante do Sol”, lê-se num texto publicado no Facebook a 26 de abril. Segundo a publicação, “afélio” é o “ponto da órbita em que um planeta ou um corpo menor do sistema solar está mais afastado do Sol” e, apesar de ser invisível, este suposto acontecimento terá um “impacto” que será sentido “até agosto”. Umas linhas depois, o autor revela o alegado efeito deste suposto fenómeno: “teremos um clima frio mais do que o clima frio anterior, o que afetará a gripe, tosse, falta de ar, etc”. Além disso, o texto refere que “a distância da Terra ao Sol é de cinco minutos-luz ou 90 milhões de quilómetros” e que “o fenómeno do afélio [acontece] a 152 milhões de quilómetros”. Assim sendo, conclui, “o ar fica mais frio e o impacto no corpo não é bom porque não está habituado a essa temperatura”. Confirma-se? Contactado pelo Polígrafo, o comentador de ciência Miguel Gonçalves garante que a tese apresentada na publicação é falsa e esclarece que o afélio “não é um fenómeno”, nem tem qualquer influência no clima ou nas estações do ano. Miguel Gonçalves explica que “na órbita que a Terra descreve à volta do Sol há uma altura em que estamos mais próximos e outra em que estamos mais afastados do Sol”. Nesse sentido, “o ponto e o instante em que estamos mais próximos do Sol é chamado periélio, enquanto o ponto e o instante mais afastado do Sol é o afélio”. Segundo o comentador, isto acontece “porque as órbitas dos planetas à volta do Sol não são um círculo perfeito; são elipses”. Além disso, sublinha Miguel Gonçalves, o afélio acontece “todos os anos, mais ou menos por volta da mesma altura”, ou seja, “não é nenhum fenómeno raro, nem é nenhuma coisa esotérica”. Assim sendo, o afélio em 2022 acontece a 4 de julho, tal como se pode ler no calendário do Observatório Astronómico de Lisboa, e dura apenas um instante não se prolongando “até agosto”, ao contrário do que é afirmado na publicação. Quanto ao suposto “impacto” no clima descrito no post, Miguel Gonçalves adianta também que esta afirmação não tem fundamento científico, dado que as estações do ano não estão dependentes da distância entre a Terra e o Sol, mas sim da “inclinação do eixo de rotação da Terra quando comparado com o plano em que todos os planetas orbitam à volta do Sol”. Para mais, acrescenta, “na altura do afélio é verão no hemisfério norte”, demonstrando “o contrassenso” presente no post quando se alega que o momento do afélio corresponde a um tempo mais frio. Mas as informações erradas contidas no texto não ficam por aqui uma vez que também é falso que a Terra esteja a “cinco minutos-luz ou 90 milhões de quilómetros” do Sol. Miguel Gonçalves clarifica que esta distância é, na verdade, de cerca de “oito-minutos luz” ou “150 milhões de quilómetros”. Além das declarações do comentador, o Polígrafo consultou vários artigos sobre a “Terra no afélio” publicados nos últimos anos no site do Observatório Astronómico de Lisboa em que se pode ler que “embora a Terra esteja no afélio isso não impede que no hemisfério norte estejamos na época mais quente do ano (verão)”. Na página oficial deste organismo lê-se também que “as estações do ano não dependem da distância ao Sol (que varia pouco porque a nossa órbita elíptica é quase circular), mas sim da inclinação do eixo da Terra em relação ao seu plano orbital”. Em suma, a informação partilhada no post é falsa e, na perspetiva do comentador Miguel Gonçalves, “foi feita para alarmar e desinformar”. Avaliação do Polígrafo: ____________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
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