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| - Não é verdade que Portugal elegeu um novo chefe do Executivo que defendeu em discurso proibir a entrada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no país. As peças de desinformação compartilham um vídeo do deputado de extrema-direita André Ventura, do Chega, sigla que conquistou a terceira colocação nas eleições legislativas do último domingo (10). Eleito em 2021, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa cumpre mandato até 2026.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 71 mil visualizações no TikTok e centenas de curtidas no Instagram até a tarde desta quarta-feira (13).
Presidente de Portugal eleito neste domingo (10) disse: Lula não entra em Portugal
Publicações nas redes enganam ao identificar como o novo presidente de Portugal um político que aparece em vídeo defendendo proibir a entrada de Lula no país. As peças de desinformação se baseiam em duas premissas falsas:
- Portugal não elegeu um novo presidente no último domingo (10). O pleito ocorrido no fim de semana escolheu apenas representantes do Legislativo;
- O político que aparece no vídeo é, na realidade, o deputado André Ventura, líder do partido de extrema-direita Chega.
O registro compartilhado pelas peças de desinformação mostra uma promessa feita por Ventura na última quinta (7) caso o Chega vencesse as eleições legislativas. “Se o Chega vencer as eleições legislativas no próximo domingo, em 25 de abril, em 25 de abril de 2024, eu quero vos dizer uma coisa: o senhor presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não vai entrar em Portugal. Nós não vamos deixar que ele entre em Portugal", afirmou ele em discurso. O partido, no entanto, conquistou a terceira colocação no pleito.
Previstas para 2026, as eleições legislativas foram antecipadas após a renúncia do então primeiro-ministro, António Costa, do Partido Socialista, investigado por supostamente favorecer empresas em um esquema de exploração de lítio e hidrogênio verde.
A vitória da Aliança Democrática não garante que Montenegro ocupe o cargo de primeiro-ministro. No sistema eleitoral português, os eleitores votam nos partidos, que definem previamente suas listas de candidatos. As legendas então precisam costurar acordos que garantam a indicação do primeiro-ministro.
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