schema:text
| - É de 2010, e não atual, uma foto que mostra pichações racistas na parede do Teatro Odylo Costa Filho, da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), na zona norte do Rio. O material tem circulado no WhatsApp como se a imagem tivesse sido feita nesta quinta-feira (11) e sugere que o ato de vandalismo foi obra de apoiadores do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Essa informação é falsa.
A foto, que mostra uma suástica e a frase “fora pretos”, foi publicada pela primeira vez em 18 de janeiro de 2010 no site de O Globo. Ela foi enviada ao jornal por um leitor, que não quis se identificar. Na época, a Uerj informou que abriria investigação para descobrir a autoria das pichações e prometeu apagá-las.
O material foi enviado por um leitor do Aos Fatos pelo WhatsApp (saiba mais) como sugestão de checagem. Para participar, adicione o número (21) 99747-2441 na sua lista de contatos e envie uma mensagem com o seu nome.
Veja abaixo, em detalhes, o que checamos.
Uerj amanheceu assim. Teatrão
Ao contrário do que sugerem as mensagens que circulam no WhatsApp, a fotografia que mostra pichações de uma suástica e da frase “Fora pretos” não foi feita nesta quinta-feira (11). A imagem original é de janeiro de 2010 e não há evidências da participação de apoiadores do candidato Jair Bolsonaro no episódio, que, de fato, ocorreu na Uerj.
A foto foi publicada primeiro no site de O Globo em 18 de janeiro de 2010 na seção de jornalismo participativo, e foi enviada por um leitor que não quis se identificar. À época, a Uerj informou que iria abrir uma investigação para apurar o caso, segundo o jornal. A limpeza da parede foi feita no mesmo dia.
Essa foi a primeira vez que o campus da Uerj foi alvo de pichações com esse conteúdo, segundo noticiou na ocasião a Folha de S.Paulo. Em 2003, a universidade foi pioneira ao adotar cotas raciais no vestibular.
Em março deste ano, pichações de suásticas voltaram a aparecer na universidade, desta vez no banheiro do 7º andar, onde funciona o curso de direito da Uerj, como publicou a coluna da jornalista Marina Caruso em O Globo. Além do símbolo nazista, foram pichadas frases homofóbicas. Na ocasião, a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual e o programa Rio sem Homofobia enviaram carta de repúdio à reitoria cobrando explicações sobre as mensagens.
Além de se espalhar por grupos de WhatsApp, a foto também foi parar no site da Revista Fórum nesta quinta-feira (11) como se fosse recente. Horas depois, o conteúdo foi retirado da página e dos perfis no Facebook e no Twitter.
|