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| - “Portugal é o país mediterrânico com maior pegada alimentar per capita. A alimentação pesa 30% da nossa pegada ecológica. (…) Portugal importa 73% dos alimentos“, destaca-se numa publicação de 16 de janeiro no Instagram.
“O estudo feito pela Universidade de Aveiro apresenta conclusões relevantes sobre a insustentabilidade dos padrões alimentares dos portugueses e a ainda frágil estrutura de políticas públicas para inverter esta tendência”, contextualiza-se.
O estudo em causa foi publicado na “Science of the Total Environment”, uma revista científica internacional revista por pares, com o seguinte título: “Transição alimentar sustentável em Portugal – Avaliação da pegada alimentar das escolhas dietéticas e lacunas nas políticas alimentares nacionais e locais”.
Assinado por três professores do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro, Campus Universitário de Santiago, mas também por outros investigadores da Global Footprint Network, o documento inclui um gráfico com os valores da pegada alimentar nacional portuguesa (em gha) por categorias e país de origem (cinco principais parceiros comerciais e o resto do mundo).
De facto, ao analisarmos esta tabela, verificamos que Portugal importa 73% dos alimentos que consome.
Aliás, numa publicação de novembro de 2020 na página da Universidade de Aveiro é destacada precisamente essa conclusão: “Portugal importa 73% dos alimentos e só o peixe e a carne ocupam cerca de metade do peso da pegada alimentar nacional”.
Mas há que ter em conta que os dados da tabela são referentes ao ano de 2014, ou seja, há quase uma década.
Assim, embora verdadeiros na altura, estes dados já estão desatualizados. De acordo com dados mais recentes compilados na Pordata, em 2021, Portugal importou 12.127,4 milhões de bens agroalimentares face aos 8.876,2 milhões importados em 2014.
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Avaliação do Polígrafo:
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