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| - OEA não faz auditoria das eleições nem se reúne somente com o PT
São falsas as mensagens disseminadas no WhatsApp e em redes sociais colocando sob suspeita o encontro entre representantes da OEA (Organização dos Estados Americanos) e a chapa do candidato a presidente Fernando Haddad (PT) na última quinta-feira (25) e dizendo que a organização faz a auditoria das eleições.
O objetivo da delegação da OEA é analisar aspectos como financiamento de campanha, liberdade de imprensa e participação de mulheres e minorias. O PT não foi o único partido a manter encontro com os representantes da organização. A missão internacional também se reuniu com partidos como a Rede, o PDT e o Novo. A OEA informou que tem convidado, desde agosto, a equipe de campanha de Jair Bolsonaro (PSL) para um encontro, mas nunca obteve resposta.
Ao final das eleições, a delegação produzirá um relatório com conclusões e recomendações ao Brasil e ao Conselho Permanente da OEA. O documento não tem o efeito de alterar o resultado do pleito.
É normal que missões de observação internacionais como a da OEA ouçam queixas de candidatos, o que não significa, no entanto, um endosso às críticas. Nas eleições do Paraguai deste ano, por exemplo, a missão se comprometeu a se encontrar com legendas e candidatos “para aprender sobre aspectos técnicos e reunir observações sobre as eleições”.
“As missões de observação eleitoral da OEA sempre entram em contato com todos os partidos e campanhas porque é importante escutar todas as vozes e conhecer as diferentes perspectivas sobre o processo eleitoral. O Brasil não foi uma exceção”, comunicou a OEA ao projeto Comprova.
A chefe do grupo da OEA, a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla, já esteve à frente de atividades de observação de eleições no Paraguai (2018), Estados Unidos (2016) e México (2015). A organização faz trabalhos dessa natureza desde 1962 — neste período foram enviadas 250 missões a 27 países.
O projeto Comprova entrou em contato com a campanha do PSL para saber o motivo de não se reunir com a delegação da OEA, mas não obteve resposta.
O boato foi enviado ao WhatsApp do Comprova (11-97795-0022).
As peças de desinformação foram verificadas pelo “Estadão” e pelo jornal “O Povo”, além do UOL, da rádio “BandNewsFM”, do “SBT”, do “Nexo” e do “Poder360”, todos integrantes do projeto Comprova.
Neste fim de semana, a equipe do Comprova se uniu a outras cinco agências de checagens de notícias no Brasil para verificar as mensagens de conteúdo suspeito nesta reta final das eleições. A ideia de juntar forças é para ganhar mais agilidade e aumentar o alcance das checagens. A parceria reúne o Projeto Comprova, “Fato ou Fake”, “Lupa”, “Aos Fatos”, “Boatos.org” e “e-farsas”.
O Comprova é um projeto integrado por 40 veículos de imprensa brasileiros que descobre, investiga e explica informações suspeitas sobre políticas públicas, eleições presidenciais e a pandemia de covid-19 compartilhadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens. Envie sua sugestão de verificação pelo WhatsApp no número 11 97045 4984.
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