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| - Os vídeos originais foram divulgados no Instagram em formato de stories: Inês Franco Alexandre está em frente ao telemóvel, de forma descontraída, enquanto lhe são colocadas algumas questões sobre o seu novo cargo no Governo, inclusive se se vê como “política”:
“Eu acho que vou ter um cargo político e uma figura política, claramente, mas eu não me vejo… Quero continuar a ser empreendedora dentro do mundo da política. Isso é mega importante e continuar a ter voz.”
E ministra? “Não sei. Eu disse sempre que nunca iria trabalhar no Ministério ou que nunca iria trabalhar no Governo, mas depois de perceber que a mudança se faz dentro do sistema e que é muito mais interessante a mudança ser de dentro para fora, ou que é muito mais efetiva, eu não sei. Preciso de passar por esta experiência para perceber se este contexto é a minha praia ou não“.
No que respeita à habitação, na qualidade de “jovem”, Inês Franco Alexandre foi questionada sobre que ideia tem para uma manifestação. Apontou então para a ponte 25 de Abril e referiu-se a tendas patrocinadas pela “Decathlon”.
“Temos que ir todos para a ponte 25 de Abril. E, se a Decathlon nos estiver a ouvir, precisamos deste patrocínio. Tendas, ponte 25 de Abril, acampamos todos. Não sei quantos quilómetros tem a ponte 25 de Abril. Acampamos tipo na própria ponte e fechamos a ponte até sermos ouvidos“, sugeriu.
O Polígrafo ouviu a entrevista completa de Inês Franco Alexandre ao programa da Antena 3 e, apesar de manter como possibilidade a ocupação da ponte 25 de Abril, a adjunta da ministra do Trabalho diz que essa é apenas “parte da resposta”. Ao minuto 44 do vídeo integral, questionada sobre se fechar a ponte 25 de Abril seria uma boa solução para resolver o problema da habitação, Inês Franco Alexandre respondeu:
“Acho que devíamos fazer um acampamento na ponte 25 de Abril e só saímos quando os ministros se sentassem connosco [risos]. Não, de todo que não. Isso pode ser parte da resposta, claramente. Fazer barulho é parte das respostas, mas temos que ser inteligentes. Fazê-lo de forma organizada, segura e, acima tudo, com um output muito prático. Tu não podes sair para a rua sem teres um output de medidas práticas que te diz: ‘Olhem, nós estamos aqui porque se nós alterássemos estes quatro ou cinco pontos conseguíamos dar alojamento digno a mais pessoas.'”
Ao alcance da população diz estarem três medidas essenciais: “1) perceber que pessoas é que estão à nossa volta neste tipo de situação e perceber dentro da nossa rede como é que a podemos melhorar; 2) estarmos muito bem informados, informação é poder portanto, percebermos sobre o que é que estamos a dizer e informar as pessoas sobre que tipo de medidas é que existem; e por último 3) fazer pontes. Eu estive num processo muito recente de procurar casa em Lisboa e foram as pontes que me salvaram. O WhatsApp estava inundado de pontes (eu conheço alguém que conhece alguém).”
O nome de Inês Franco Alexandre ainda não consta da lista de nomeações do Governo, mas a nova adjunta da ministra Ana Mendes Godinho já fez o anúncio na sua página de LinkedIn: é, a partir deste mês de fevereiro, parte integrante do gabinete da ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social.
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Avaliação do Polígrafo:
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