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| - “O Supremo Tribunal da Islândia pronunciou sentenças condenatórias a nove executivos do Kaupthing Bank, acusados de manipulação de mercado e cujos crimes culminaram na crise financeira vivida pelo país em 2008″. Assim se inicia o texto da publicação, copiado a partir de uma notícia do “Jornal de Negócios” de 7 de outubro de 2016.
“O Supremo islandês decidiu contrariar as sentenças pronunciadas por uma instância inferior no julgamento aos nove executivos do Kaupthing Bank, que antes da crise financeira de 2008 era o maior banco do país e que faliu devido ao elevado nível de dívida. A falência obrigou à intervenção pelo Estado e à alteração do nome para Arion Banki”, acrescenta-se na mesma publicação.
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Além do referido artigo do “Jornal de Negócios”, também o jornal britânico “The Independent” noticiou na mesma altura que o Supremo Tribunal de Reiquiavique – capital da Islândia – considerou culpados nove executivos do Banco de Kaupthing, acusados do crime de manipulação de mercado. Em 2008, este banco colapsou com dívidas imensuráveis – uma das causas do declínio e crise da economia islandesa. Foi resgatado pelo Governo no mesmo ano e mudou de nome para Arion Banki.
A jurisdição judicial de Reiquiavique tinha inicialmente absolvido dois arguidos do total de nove, segundou informou o jornal online “Iceland Monitor“. No entanto, em 2016, o Supremo Tribunal contrariou a decisão dessa instância inferior, acusando também Björk Þórarinsdóttir, ex-representante de crédito do banco, e Magnús Guðmundsson, antigo diretor-geral do Kaupthing Luxemburgo.
O julgamento do caso começou em 2013. Na altura, quatro banqueiros tinham sido sentenciados por terem ocultado o facto de um investidor do Qatar ter comprado uma parcela da firma com dinheiro emprestado ilegalmente pelo próprio banco.
Em suma, a publicação em análise limita-se a copiar um artigo que difunde informação verdadeira e, aliás, confirmada por vários outros jornais credíveis. Importa contudo ter em atenção a data da notícia que não é recente.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
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Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
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