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| - Não está satisfeito, mas está confiante. Ou confiante mais ou menos, já que o caminho deve ser feito com calma. E se há dois meses a conversa era outra, o Presidente do PSD parece ter abrandado os ânimos face às eleições europeias que há pouco tempo eram “para ganhar” e agora são apenas para não perder por muitos pontos.
Em entrevista ao “Telejornal” da RTP, ontem à noite, Luís Montenegro recuou na confiança que demonstrava ter há precisamente dois meses, durante um périplo por vários países europeus, quando as eleições europeias, menos próximas, eram mais garantidas. Agora, “perder por 2 ou 3 pontos não é mau resultado” e muito menos significa a saída do líder. “O PSD perdeu as últimas eleições europeias [em 2019] por 12 pontos percentuais. Se ficar a dois ou três pontos acha que é um mau resultado? Eu não acho”, defendeu Luís Montenegro.
“Eu vou a votos e sujeito-me depois à interpretação dos resultados eleitorais. Estou a trabalhar para ganhar as eleições, mas não vou dizer-lhe que o insucesso eleitoral das europeias conduz necessariamente à minha cessação de funções. Com certeza que não“, avançou ainda o líder do PSD.
A 28 de março, já no fim de uma semana em que viajou por vários países europeus com comunidades portuguesas, no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, Montenegro dizia aos jornalistas que o seu primeiro objectivo era “ter mais votos do que qualquer outro partido e, em função disso, reforçar a nossa representação no Parlamento Europeu”.
“Nós vamos às eleições europeias para ganhar e para reforçar a representação do PSD no Parlamento Europeu”, reforçou. Na altura, havia até consequências políticas claras para uma derrota na Europa: “Farei o meu trabalho até à última gota de suor e de esforço que for capaz e responderei pelos resultados. Eu nunca estarei nos sítios onde as pessoas não desejam que eu esteja, eu não sou daqueles que perde e quer ainda assim governar à força, esse tipo de postura política não é para mim.”
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