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| - “Em 2012, este homem teve reuniões à porta fechada com Joe Biden para patentear a vacina conhecida como “CV-19”, que pode ser usada para monitorizar cidadãos selecionados. O que sabiam? O que estavam a planear?”. Esta é a mensagem da publicação em causa, partilhada à escala global.
Joe Biden, acusado de participar nesta conspiração, era vice-presidente dos EUA em 2012. Atualmente, é o candidato do Partido Democrata às próximas eleições presidenciais dos EUA, agendadas para 3 de novembro de 2020.
É verdade que a vacina “CV-19 foi patenteada em 2012, depois de reuniões secretas que contaram com a presença de Joe Biden? Verificação de factos.
Vacinas, patentes secretas, cidadãos controlados, Joe Biden. Estas palavras juntas num mesmo texto atraem de tal maneira a atenção de quem lê e procura teorias de conspiração que, como explica a Snopes, plataforma norte-americana de fact-checking, os utilizadores das redes sociais acabam a partilhar mensagens mesmo que estas alertem que as informações são enganadoras.
A publicação sob análise tem uma particularidade: avisa desde logo que a informação é falsa. “Entretanto, nada disto é verdade”, escreveu o autor da publicação, pedindo também às pessoas para “pararem de tirar notícias dos memes e chamar-lhes pesquisa”.
Ainda que a publicação tenha como aparente objetivo combater as fake news, o facto é que contém um erro. Isto porque os autores da publicação identificaram erradamente o protagonista.
“Esta é uma fotografia de William A. Mitchell”, garante-se quando se pretende identificar o homem que alegadamente manteve reuniões secretas com Biden. Porém, segundo a Snopes, trata-se de Oswald Theodore Avery, médico e investigador biquímico, que morreu em 1955.
Por sua vez, William A. Mitchell foi um cientista alimentar, responsável por desenvolver os sumos em pó Tang. Reformou-se em 1976 e morreu em 2004. Nenhum dos dois poderia estar envolvido em qualquer reunião secreta em 2012 pois já tinham falecido.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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