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  • São falsas as alegações de que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), tenha impedido o trabalho do jornalista Roberto Cabrini, da TV Record, durante reportagem sobre exploração sexual infantil na Ilha do Marajó. A emissora e a Polícia Civil negam que isso tenha acontecido. O que diz o post Uma imagem do jornalista Roberto Cabrini é compartilhada com o seguinte texto sobreposto: "Governador do Pará barrou o jornalista e usou a Polícia Civil para impedi-lo de ir pro Marajó". Por que é falso A assessoria de imprensa da TV Record nega interferência. Ao UOL Confere, a Record afirma que em nenhum momento o governador ou prefeito tentou impedir qualquer ação durante a reportagem de Roberto Cabrini. Polícia Civil nega alegação. A polícia do Pará, citado no post desinformativo, disse ao UOL Confere que a afirmação não procede, que o jornalista foi recebido e atendido na delegacia, e percorreu diversas cidades do arquipélago. A reportagem procurou também o gabinete do governador, mas não obteve resposta. O repórter foi intimidado por advogado de preso. Na reportagem que foi ao ar no dia 25 de fevereiro na TV Record (veja aqui) imagens mostram que Roberto Cabrini foi intimidado por um homem identificado como Ezequiel Marques dos Santos. Ele é advogado de um homem que foi filmado pela reportagem sendo preso suspeito de cometer estupro contra uma adolescente de 13 anos. A situação é mostrada no minuto 4:34 da reportagem (confira aqui). Na ocasião, Cabrini afirma que iria divulgar as imagens porque ele é jornalista, e responde "eu conheço a lei tanto quanto você" ao advogado. Supostas denúncias na Ilha do Marajó O assunto repercutiu nas redes depois que o vídeo da participante Aymeê em um reallity show gospel viralizou. Ela cantou uma música que citava casos de abuso no arquipélago. A suposta denúncia mobilizou diversos influenciadores nas redes sociais, e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) voltou a associar a Ilha do Marajó à pedofilia. Enquanto era ministra do governo Bolsonaro, Damares fez uma série de denúncias sem provas sobre casos de abusos sexuais na região. Ela disse que crianças tinham os dentes arrancados para sexo oral. Por causa disso, o MPF ajuizou uma ação civil pública contra a ex-ministra. Depois da repercussão do vídeo da cantora Aymeê, uma série de publicações nas redes sociais passaram a usar vídeos não relacionados ao caso para repercutir o assunto de forma enganosa (veja a checagem aqui). Viralização: Uma das publicações com o conteúdo desinformativo tinha mais de 6.500 curtidas nesta terça-feira (5). Este conteúdo também foi desmentido por Estadão Verifica. Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br. Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.
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