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  • Não é verdade que pesquisadores do Datafolha são orientados a cancelar a entrevista caso o eleitor afirme votar em Jair Bolsonaro (PL), como sustenta um vídeo que circula nas redes sociais (veja aqui). O instituto informou não entrevista cidadãos que estejam trajando camisetas ou outros adereços ligados a candidatos, caso do autor da gravação, para evitar vieses que possam comprometer o resultado final da pesquisa. As postagens enganosas contam com centenas de compartilhamentos no Facebook neste sábado (1º). A canalhice do Datafolha Um vídeo que vem sendo compartilhado nas redes sociais engana ao afirmar que o Datafolha não entrevista eleitores de Jair Bolsonaro (PL) em suas pesquisas de intenção de voto. O autor da gravação diz ter sido abordado por uma pesquisadora em Niterói (RJ) que, ao ver que estava vestido com camisa do presidente, cancelou a entrevista. Diferentemente do que sugere o homem, é procedimento padrão do instituto que pesquisadores não entrevistem pessoas com trajes e adereços em apoio a candidatos para evitar possíveis vieses nos resultados. O Datafolha afirmou ainda que os pesquisadores são orientados a evitar aglomerações e atos de campanha e pessoas que pedem para ser entrevistadas. Isso contribuiria para preservar a aleatoriedade da amostra, necessária para garantir que a pesquisa seja o mais fiel possível à realidade. Caso as instruções não sejam seguidas, o pesquisador corre o risco de ter todas as suas amostras automaticamente descartadas. As pesquisas eleitorais são feitas por amostragem, método que delimita uma quantidade de entrevistados que seja representativa da população pesquisada. Essa seleção, chamada de amostragem aleatória estratificada, leva em consideração parâmetros geográficos, etários, de gênero, de etnia e de renda. Embora deva respeitar as proporções do eleitorado real, a escolha das pessoas que vão responder o levantamento deve ser aleatória para afastar riscos de viés na pesquisa. São frequentes nas redes sociais postagens que usam desinformação para sugerir que institutos estariam fraudando os resultados de pesquisas. O Aos Fatos já checou, por exemplo, que uma pesquisadora do Datafolha teria se recusado a entrevistar um bolsonarista em São Paulo e que um vídeo em que uma pesquisadora erra no preenchimento de um questionário provaria que os levantamentos eleitorais são fraudados. Neste fim de semana, o Aos Fatos se uniu às iniciativas de checagem AFP Checamos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Fato ou Fake e Lupa para verificar em conjunto a desinformação sobre as eleições.
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