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  • Tem circulado nas redes sociais a história de um suposto cientista iraniano chamado Alaedin Qasemi que terá inventado um carro que, alimentado com 60 litros de água, é capaz de andar 900 quilómetros a 90 quilómetros por hora. Mas a história é falsa. Os automóveis não se podem movimentar a água porque isso implicaria aplicar mais energia para criar o combustível do que aquela que a água iria gerar — uma violação das leis da termodinâmica. Além disso, esta história já foi atribuída a outro alegado inventor, que foi condenado por fraude. De acordo com o texto, que tem sido partilhado a partir da página Sempre Questione, Alaedin Qasemi “garante que inventou um sistema que utiliza água potável como combustível de automóvel”: “Com 60 litros de água, o cientista garantiu que um protótipo percorresse 900 quilómetros, a uma velocidade de 90 km/h, em 10 horas”. Tudo isto com “praticamente zero emissões”, porque do escape sairá apenas vapor de água. Como? “A água do depósito é submetida a uma reação química em que se separa o hidrogénio do oxigénio sem que seja necessário qualquer carregamento elétrico”, descreve o site. E prossegue: “O hidrogénio, por ser um gás facilmente inflamável, serve de combustível para alimentar o motor”. O protótipo conseguirá registar médias de consumo melhores com água porque “um litro de água gera 96 megajoule” de energia, enquanto “a gasolina gera apenas 29”. De acordo com o site da Escola de Engenharia do Instituto de Tecnologia de Massachussets, mais conhecido por MIT, na teoria não é impossível construir um carro que se mova a água: “Seria necessário equipamento para quebrar cada molécula de água e separar o oxigénio do hidrogénio. Depois era preciso isolar cada um deles em tanques separados. A seguir era necessário um sistema de combustão que pudesse misturá-los e incendiá-los; ou então uma célula de combustível que pudesse recombiná-los para produzir eletricidade. A energia libertada poderia então acionar um pistão ou acionar um motor e mover o carro”, descreve Wai Cheng, professor catedrático de engenharia mecânica e diretor da Sloan Automotive Lab — uma empresa que se dedica a pensar em soluções mais amigas do ambiente para o setor automóvel. Na prática, no entanto, a história é outra. O processo que Wai Cheng descreve chama-se eletrólise da água porque obriga uma corrente elétrica, gerada por dois elétrodos ligados a uma fonte de alimentação, a atravessar a água para separar os átomos. É isso que realmente acontece no automóvel nas imagens que surgem no vídeo partilhado pelo Sempre Questione: há um eletrisador em funcionamento no interior do carro, mas está a ser alimentado pelo motor normal do automóvel — alimentado com um combustível fóssil. É que utilizar água para criar a energia necessária para alimentar um carro simplesmente não compensaria. As moléculas de água são compostas por três átomos — dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio. Essas moléculas são muito estáveis. Por isso, seria necessário aplicar mais energia para separar os átomos do que aquela que a combustão do hidrogénio criaria, explica Wai Cheng. “Na verdade, o processo absorve energia em vez de libertá-la”, conclui. Além disso, é verdade que o hidrogénio é um gás altamente inflamável, mas isso seria mais um problema do que uma solução para a indústria automóvel: “Sem as medidas de segurança certas, um para-choque podia transformar-se numa explosão digna de um filme dos Vingadores”, compara Wai Cheng. Esta não é a primeira vez que alguém afirma ter inventado um carro movido a água. A teoria por detrás desse sistema já está patenteado desde 1976 nos Estados Unidos por Yull Brown, um engenheiro búlgaro. Mais tarde, o inventor norte-americano Stanley Allen Meyer também afirmou ter inventado um automóvel adaptado que poderia usar a água como combustível em vez da gasolina. No entanto, em 1996, Stanley Meyer foi acusado de fraude num tribunal em Ohio. Conclusão É falso que um cientista iraniano tenha inventado um carro movido a água, menos poluente e mais eficiente do que um automóvel movido a combustíveis fósseis. Isso é impossível à luz da ciência. Além disso, outro inventor já afirmou no passado ter criado um sistema como este e foi julgado por fraude. De acordo com o sistema de classificação do Observador este conteúdo é: Errado De acordo com o sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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