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| - “Uma imagem vale mais do que mil palavras”, salienta-se no topo de uma publicação no Facebook, datada de 4 de fevereiro, em que se faz um “balanço eleitoral”. Na imagem, uma espécie de balança em que o peso dos deputados eleitos pelo partido Chega (12) é equivalente ao da soma dos deputados eleitos pelo PCP, BE e Livre (12), todos juntos.
Esta publicação foi denunciada como sendo falsa ou enganadora, mas baseia-se em dados corretos.
De facto, nas eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022 (pode conferir nos resultados oficiais), o partido Chega obteve 385.559 votos (7,15%) ao nível nacional e elegeu um total de 12 deputados à Assembleia da República, a saber: Jorge Manuel de Valsassina Galveias Rodrigues (Aveiro), António Filipe Dias Melo Peixoto (Braga), Pedro Miguel Soares Pinto (Faro), Gabriel Sérgio Mithá Ribeiro (Leiria), André Claro Amaral Ventura (Lisboa), Rui Paulo Duque Sousa (Lisboa), Rita Maria Cid Matias (Lisboa), Pedro Manuel de Andrade Pessanha Fernandes (Lisboa), Rui Pedro da Silva Afonso (Porto), Diogo Velez Mouta Pacheco de Amorim (Porto), Pedro Saraiva Gonçalves dos Santos Frazão (Santarém) e Bruno Miguel de Oliveira Nunes (Setúbal).
Por sua vez, o PCP (em coligação com o PEV que, porém, ficou sem representação parlamentar, algo inédito desde 1983) obteve 236.635 votos (4,39%) e elegeu um total de seis deputados à Assembleia da República, a saber: João Manuel Ildefonso Dias (Beja), Jerónimo Carvalho de Sousa (Lisboa), Alma Benedetti Croce Rivera (Lisboa), Diana Jorge Martins Ferreira (Porto), Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa (Setúbal) e Bruno Ramos Dias (Setúbal).
Quanto ao BE, sob a liderança de Catarina Martins, recolheu 240.265 votos (4,46%) e elegeu um total de cinco deputados à Assembleia da República, a saber: Mariana Rodrigues Mortágua (Lisboa), Pedro Filipe Gomes Soares (Lisboa), Catarina Soares Martins (Porto), José Borges de Araújo de Moura Soeiro (Porto) e Joana Rodrigues Mortágua (Setúbal).
Enfim, o Livre, não foi além de 68.975 votos (1,28%) e elegeu apenas um deputado, o líder Rui Tavares, no círculo eleitoral de Lisboa onde concentrou 28.834 votos, cerca de 42% do total do partido ao nível nacional.
A queda abrupta de bloquistas e comunistas
O BE caiu de 500.017 votos (9,52% do total) e 19 mandatos de deputados para 240.257 votos (4,46% do total) e cinco mandatos de deputados. Ainda falta apurar os círculos do estrangeiro, mas de pouco servirão para atenuar uma enorme queda, entre 2019 e 2022, para menos de metade dos votos e cerca de um quarto dos deputados.
A CDU, que junta o PCP ao PEV, caiu de 332.473 votos (6,33% do total) e 12 mandatos de deputados para
Em sentido inverso, o Chega saltou de 67.826 votos (1,29% do total) e apenas um mandato de deputado em 2019 para
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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