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| - É falso o vídeo compartilhado nas redes sociais com supostas imagens dos estragos causados pelo furacão Milton na Flórida, EUA.
O conteúdo é antigo e retrata catástrofes ocorridas em outras partes do planeta. Além disso, contém a simulação de uma tempestade, feita com o auxílio de recursos gráficos.
O que diz o post
"Ore pela Flórida", diz o título da postagem, que ainda traz o seguinte texto em inglês: "Update: October 7, 2024. Milton is now a category 5 hurricane with 180 mph e 905 mb!!! ("Atualização: 7 de outubro de 2024. Milton é agora um furacão de categoria 5 com 290 km/h e 905 mb", em tradução livre).
Vídeo mostra os supostos estragos provocados do furacão Milton, com cenas de ondas do mar invadindo a região da costa, nuvens gigantes, ventos fortes e chuva intensa, mas sem qualquer identificação dos locais.
Por que é falso
Vídeo compila imagens de diferentes catástrofes pelo mundo. Ao realizar uma busca reversa (aqui, aqui), nota-se que o post desinformativo reuniu imagens antigas de fenômenos distintos, dando a entender que todos se refeririam ao furacão Milton.
Ondas avançaram sobre vilarejo italiano. A invasão das ondas gigantes ocorreu em 2018 e ocorreu em um vilarejo da Itália próximo ao mar Tirreno (aqui, aqui e abaixo).
Imagem de avanço da coluna de nuvens foi gravada na Austrália. A cena foi registrada durante uma tempestade em 2020, na cidade australiana de Perth (aqui, em espanhol, e aqui, em inglês).
Tempestade em centro comercial é editada. As imagens de uma forte chuva em uma área comercial foram postadas originalmente no TikTok (aqui) por um usuário especializado em simular tempestades com o auxílio de recursos tecnológicos (aqui).
Não foi possível identificar origem das demais cenas. Uma busca reversa (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) nas outras imagens do post não permitiram a identificação exata da origem ou da data de publicação delas.
Furacão Milton atingiu a Flórida na noite de 9 de outubro. Por volta das 21h30 (de Brasília) da última quarta-feira (9), o furacão Milton tocou o solo da Flórida com ventos acima de 190 km/h (aqui). Considerado um dos mais perigosos dos últimos anos (aqui), o fenômeno perdeu força e foi reclassificado como um ciclone pós-tropical, mas deixou pelo menos 14 mortos (aqui).
Este conteúdo também foi checado por Aos Fatos.
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