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  • A alteração proposta pelo Partido Socialista à lei que garante a nacionalidade portuguesa aos descendentes de judeus sefarditas está a causar polémica. Quem está contra afirma que obrigar os descendentes de Judeus Sefarditas a residirem dois anos em Portugal para poderem obter a nacionalidade portuguesa é uma decisão antissemita. Por seu lado, os defensores da alteração legislativa garantem que está em causa a defesa contra esquemas que veem a nacionalidade como um produto transacionável. No passado dia 16 de Junho, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, foi à Assembleia da República responder às questões dos deputados e a revisão à Lei da Nacionalidade foi um dos assuntos centrais. Constança Urbano de Sousa, deputada do PS, interveio e destacou exatamente a questão das empresas que vendem nacionalidades portuguesas como uma passagem certa para os Estados Unidos. Para explicitar o alcance deste fenómeno, afirmou o que se segue: “A descendência é exponencial. E se nós não sabíamos o que era o crescimento exponencial acho que depois da Covid qualquer português consegue perceber o que é que é um crescimento exponencial. Um casal, sei lá, eu por exemplo, com os meus dois filhos, daqui a 250 anos, sou responsável por cerca de um milhão de descendentes. Dentro daquilo que são os critérios, portanto, com dois filhos.” É verdade que, com dois filhos, daqui a 250 anos uma pessoa será responsável por um milhão de descendentes? A resposta é negativa – o número real está muito longe desta previsão. O crescimento exponencial pressupõe que um número será multiplicado por um valor constante ao longo de um determinado período. Assim, se uma pessoa tiver dois filhos, para o número de descendentes aumentar exponencialmente todos estes indivíduos terão de ter eles próprios dois filhos. Ou seja, cada filho vai ter dois filhos, cada um dos quatro netos terá dois filhos, cada um dos oito bisnetos terá dois filhos, assim sucessivamente durante 250 anos. Para calcular um valor médio, podemos assumir que em 250 anos a família vai ter 10 gerações. Assim, aplicando o fator constante, que é de dois, ao número 10, o valor será de 2046 pessoas, e não um milhão. A partir daqui podemos concluir que a previsão apontada pela ex-ministra está muito distante do valor real. Qual seria o fator constante necessário para que uma pessoa atinja o meio milhão de descendentes? Para atingir este número em 250 anos, Constança Urbano de Sousa teria de ter pelo menos 4 filhos e todos os seus descendentes deveriam ter em média 3,87 filhos. Não é um cenário impossível. Contudo, é completamente desfasado da ideia que a socialista tentou passar na sua intervenção no Parlamento. Nota editorial: Na sequência da publicação deste fact-check recebemos um e-mail de Constança Urbano de Sousa: “Tendo sido visada numa vossa notícia sobre a estimativa do número de descendentes que eu poderia ter daqui a 250 anos, reconheço que o Polígrafo tinha razão, pois de acordo com a fórmula “= x1 + x2 … xn” o número que apresenta era o correto. Na realidade queria dizer “daqui a 500 anos” (o que no contexto da discussão seria o lógico, já que se trata da concessão da nacionalidade portuguesa aos descendentes de judeus sefarditas que foram expulsos da Península Ibérica há mais de 500 anos). Assim, e usando a fórmula que o Polígrafo utilizou para rebater a minha afirmação, daqui a 500 anos poderia ter 2,097,150 descendentes. Esta é, naturalmente, apenas uma estimativa. Gostaria de frisar que o número apresentado pelo Poligrafo é o correto se se usar a fórmula de cálculo infra referida e se se considerar que a média de filhos é de 2. Se se usar outra fórmula de cálculo ou uma outra média de filhos, então o resultado da estimativa será diferente. A ex-ministra reconhece que os cálculos do Polígrafo estão corretos. A avaliação não sofreu alterações. Avaliação do Polígrafo:
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