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| - “Em 2017 Fernando Medina anunciou 14 novos centros de saúde em Lisboa. Onde estão? Nem um“. Este é apenas um exemplo entre os diversos memes e demais publicações que estão a espalhar-se nas redes sociais com a imagem de Fernando Medina, atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, apontando para um suposto anúncio do autarca em 2017: a abertura de 14 novos centros de saúde em Lisboa que, cerca de dois anos mais tarde, ainda não se concretizou.
Vários leitores do Polígrafo questionam sobre a veracidade desta informação, solicitando uma verificação de factos relativamente às publicações que estão a tornar-se virais.
É verdade que, em 2017, Fernando Medina anunciou 14 novos centros de saúde em Lisboa, mas já estamos em 2019 e ainda não abriu nenhum?
De facto, no dia 14 de março de 2017, Fernando Medina disse que a autarquia iria investir 30 milhões de euros na construção ou reabilitação de 14 unidades de saúde “porque pode”, devido às condições financeiras, e por considerar prioritário melhorar a rede.
“Isto é um investimento que a Câmara Municipal de Lisboa faz à cabeça, muito significativo, por duas razões. Em primeiro lugar, porque nós hoje podemos, porque a Câmara Municipal de Lisboa hoje tem condições financeiras sólidas que nos permitem avançar com um investimento desta natureza. Em segundo lugar, e mais importante, porque isto é uma prioridade para a cidade“, declarou Medina.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa – o qual falava à margem da cerimónia de apresentação dos novos centros de saúde, no Pavilhão do Conhecimento -, garantir “melhores condições de acesso aos cuidados primários de saúde é (…) um elemento essencial da qualidade de vida e do conforto das pessoas, em particular da população mais idosa que mais recorre a estes centros”.
Na altura foi noticiado que Lisboa teria 14 novas unidades de saúde (11 construídas de raiz e três reabilitadas) que, até 2020, iriam substituir centros de saúde em prédios de habitação frequentados por mais 300 mil utentes. “São centros de nova geração, com mais valências, o que permite também reduzir a pressão sobre a rede hospitalar“, destacou Medina na referida cerimónia, aludindo a serviços nas áreas da saúde oral e visual e a meios de diagnóstico e terapêuticos.
“Isto é um investimento que a Câmara Municipal de Lisboa faz à cabeça, muito significativo, por duas razões. Em primeiro lugar, porque nós hoje podemos, porque a Câmara Municipal de Lisboa hoje tem condições financeiras sólidas que nos permitem avançar com um investimento desta natureza. Em segundo lugar, e mais importante, porque isto é uma prioridade para a cidade”, declarou Medina, em 2017.
Os novos centros de saúde, para os quais foram assinados (no dia 14 de março de 2017) protocolos com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, estão localizados na Alta de Lisboa, Telheiras, Alcântara, Ajuda, Restelo, Alto dos Moinhos, Fonte Nova (Benfica), Marvila, Campo de Ourique, Areeiro, Arroios, Beato, Sapadores e Parque das Nações.
Confirma-se assim que Medina anunciou em 2017 que Lisboa iria ter 14 novos centros de saúde (11 construídos de raiz e três reabilitados), mas cerca de dois anos depois ainda não abriu nenhum. Contudo, o prazo definido na altura foi até ao ano de 2020, pelo que ainda não se chegou a uma situação de incumprimento do que estava inicialmente programado.
Avaliação do Polígrafo:
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